sábado, 7 de abril de 2007

Insano

O Deus da Guerra está enfermo
Massacrado pelo medo.
Geme à ferida da fúria
Escarlate e insegura.
Cospe lágrimas, incandescentes
Sobre escárnios e escombros...
Movimenta-se lento
Na atmosfera rarefeita
Mutilada e imperfeita.
Arrasta-se, arrasta-se...
Ante um tempo sem dobras,
Um tempo linear
De alvéolos sonolentos
Sôfregos pela fumaça.
Arrasta-se, arrasta-se...
Mas insiste em respirar.

Angela Gomes

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado