segunda-feira, 23 de abril de 2007

Último Branco

Paro para o céu,
Um fim de tarde que arde o incerto.
Estou certo de nada saber,
De nada sentir,
De nada ser.
Nem poeta até o próximo amanhecer
E, esquecer do último verso.
Inverso a tudo onde estou
Nada me sobra: papel, palavras, o Sol.
O último branco da nuvem
A última idéia que me contêm.
Ser tudo de novo
E nada também.

Rodrigo Ceccon

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