sexta-feira, 12 de outubro de 2007

e, aquela dança
ficou a ver navios
afogados no rodapé da enchente;
no agridoce do concreto e do asfalto.

em castiçal lustroso e lume falso
a lâmina cortante do caminho,
na encruzilhada que espanta
com a cruz difusa, da incerteza,
cercando os passos, em contra-dança.
não sacia, música inaudita.

Angela Gomes

Um comentário:

Muryel De Zôppa disse...

Achei bonito o tecido, a disposição em versos só vem a somar.