Leitor de traços meigos e vibrantes,
Contigo compartilho o meu quebranto
Em versos que revelam seu encanto
Igual as tumbas rasas dos infantes.
Escuta as incertezas que hoje canto
Porque forjei sublimes diamantes
Daqueles gritos tão medonhos que antes
Cobriram-te a cabeça como um manto.
Que alguma estrela traiçoeira
Desenhe em teu sorriso uma ferida,
Mas antes prova dessa dor primeira:
A minha rima podre e corrompida,
Porque no meu instante de cegueira
Nenhuma luz brilhou em minha vida.
Rebellis [Eduardo Borges]
São Carlos, 07 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
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