segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sininho

Você,
com suas meias de ácido
enxugaria as lágrimas
de todos os "garotos perdidos"
e tragaria o engulho plástico
dos anjos caídos.

Você,
com sua tristeza cativa
delataria a frieza silente
da lâmina festiva, que
incisiva penetra
teu coração de confetes.

E então,
um teatro
onde acendem-se luzes
antes dos aplausos,
nau que segue sem
guiar-se pelos astros,

despedaçaria o horizonte,
Estenebeia
a desejar
Belerofonte,

e sorriria!

Ricardo Pozzo

Um comentário:

Anônimo disse...

Ricardo, meu caro, gostei muito dessa poesia. Sininho, que costuma ser travessa, mas não deixa de ser o despertar da inocência. Parabéns.