meu segredo
não tem a beleza do tempo;
carrega o cansaço das eras.
dilacera-se entre as quimeras arquetípicas
emaranhadas nas rugas e rusgas amarelecidas
ao frescor de nova manhã de sol.
céu azul não vê meus olhos brilharem,
não enxerga minha alma encardida
que cheira a mofo e naftalina.
a flor desbota ao oxigênio da alga
e muitas faces me assustam
pelas sombras que roubam do dia a existência,
pois nas trevas são silêncio e nada.
fluxos do poder pelo qual cada ser precisa viver?
Abraxas, pôr do sol ou amanhecer,
depende do ponto de vista.
um ciclo que devora e é devorado.
mas se as moléculas se romperem,
assim o mundo estará quebrado.
Angela Gomes
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
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