Dona Maria encontra-se em sua moradia
seus filhos a alertam que precisa ler mais,
ser uma senhora que conheça poesia,
e acompanhá-los nas grandezas culturais.
Dona Maria também tem a casa toda pela frente
que é insensível a leitura de obras-primas
de consagrados autores e poetas de invejável mente,
que dedicam todo o tempo a fazer rimas.
Ela encontra-se entre o pó e a poesia,
tem a sabedoria braçal das donas marias,
em que mais vale uma sujeira na mão,
do que duas, três esparramadas pelo chão.
Gregório e limpeza não combinam
mas espírito e alma se animam
e, declamando e procurando o rodo,
só o rodo é visto todo.
E eis que sai assim:
O rodo sem o cabo, não é rodo;
O cabo sem o rodo não é cabo;
Mas se o cabo o faz rodo, sendo cabo ;
não se diga que é cabo, sendo rodo.
Em toda limpeza de chão há rodo
E é rodo inteiro com qualquer cabo.
E feito cabo de rodo em todo rodo.
Com qualquer cabo sempre fica rodo.
O braço pega o cabo.
Pois, para a limpeza no fim do cabo, há rodo.
Assim, cada rodo há um cabo.
Não se achando o cabo deste rodo.
O braço não achará o cabo.
E a casa ficará sem a ação do rodo.
Deisi Perin
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
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2 comentários:
Interessante este texto! São dois ou mais alinhavados! De onde surgiu o Gregório, é o que fico pensando!
ahahahahahah, o Gregório surgiu porque na época (uns 300 anos atrás) eu o estava lendo. São dois textos na mesma brincadeira!
Deisi
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