petit psychotique
para d.
olhos de basalto
mostro de uva preta
vozes de contralto
dentro da cabeça
te olhei com desejo
na primeira olhada
e numa avançada
aguardei teu beijo
não há quem esqueça
teus lábios silvestres
meus lábios mereçam
quando me disseste
"você tem uma aura
negra feito as noites
corcel negro aos coices
você tem uma aura
usada a sofrer
aura, preta, coice
negra feito a noite
quase a amanhecer"
é de manhã cedo!
não te escondo a mão
guarda-me sem medo
na alucinação
Rodrigo Madeira
Crisis capitalism
Há 11 minutos
3 comentários:
Este poema compõe a série poemas psiquiátricos, do Madeira. Está publicado em seu livro de estréia, editado pela Secretaria da Cultura do Estado do Paraná: Sol sem Pálpebras.
Viajei nesta maionese de uva preta. No segundo verso, é "mostro" ou "monstro" ? No mais, talento madeirense.
na verdade, é mosto. sumo da uva antes de terminada a fermentação. é um erro de digitação que está também em meu livro. se alguém puder, favor arrumar...
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