Para G.
O amado é meu jardim,
minha piscina,
o moço que varre minha casa,
minha mãe quando fico doente,
um anglicismo destemperado nesse mundo que só tem maluco,
e eu amo
o papel da sua pele jovem,
o osso que desenha impiedoso,
os olhos que revira quando canta.
Ele é minha Carmem Miranda, e quando dorme, minha paisagem de contemplação.
E que adoração, concordamos, seja um sentimento exagerado. E que eu tente transformar numa piscina consciente o mar. O amado fala na segunda pessoa, e de onde venho isso é privilégio de Deus.
Meu amado é a selva,
o oceano, a poeira, a doença, a palavra.
Mais que ele eu cuido só a paixão.
Sabrina Lopes
http://lopessabrina.blogspot.com/
Crisis capitalism
Há 23 minutos
3 comentários:
natural e lindo!
gracias! ^^
e valeu pela postagem!
Belo
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