Não te queria, minha poesia
exposta a olhos e dentes
salivas e tesões
São minhas as tripas
que espalhas no morgue
pelos balcões
São minhas as dores
que te afligem
donzelinha meretriz
angores de mãe de noiva
temores de mãe de virgem
pudores de mãe de miss
Enfim,
bate - me a porta
na cara do peito
Ganhas a rua
Despudorada
louca e bela
Furtiva e nua
te espio
pela janela
Pressinto
a madrugada
de te esperar
No escuro
Calada
Etel Frota
Crisis capitalism
Há uma hora
Um comentário:
Belo!!
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