Lambendo migalhas de pés pelados
Asfalto de pedra pome
A noite ouve e exala os últimos grãos
Tintas de spray, trovões do dia
Gotas de sabão Omo na canaleta carmelita
Insisto em fluídos quentes
Restos de chops nas mesas distraídas
Me coloco na posição felino-pobre
Tomo num gole os inversos
E vomito o frêmito-bandido-de-malandro-otário
Residente em mim
Sou puta e filho no mesmo tomo
Extraio vazios verdes do ralo da manhã
Espero um atropelamento, ao menos um
Para dormir sossegado
Acordo pálido na matina
Um pingo sangue solitário respinga no meio do papel
Meu caderno de gravuras a suportar destilados
O sol nasce do lado errado
Ruboriza, acocorado, vermelho
Nem ele escapa de, em Curitiba, um dia
Acordar chapado.
Alexandre França
Crisis capitalism
Há 52 minutos
Um comentário:
bom poema! velho estilo frança!
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