Quando a lâmina fria e insensível
atravessa seu ser,
convenções e lógicas que regem sua vida
desmancham no ar, como poeira fina.
Os olhos vêem sem véu algum,
pois já não são mais os olhos que vêem.
É a própria alma que aflora.
E o que resta é o puro sentimento.
Um sentimento que penetra a carne
e chega a doer.
O mundo não é mais seu mundo.
O tempo deixa de existir.
Nada mais é exigido.
Só o amor transmitido pelo olhar.
Pessoas somem,
só sobra o olhar.
O conforto do olhar.
Através do qual sente-se
o bálsamo perfumado e precioso
para encerrar o que foi.
E fecha-se os olhos
com todo amor que é preciso ter.
O corpo vira pó.
Alma vira luz.
Deisi Perin
domingo, 9 de setembro de 2007
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