Cobri minhas asas
Com as cores que recolhi dos desertos.
São flores, galhos, gotas que se espalham...
São contas, penas, mistérios de um atalho.
Estrelas pulsantes, incandescentes raios,
Águas translúcidas, precisos relicários,
Ânforas de sóis, cântaros lunares,
Murmúrios suaves, toques e olhares...
Mel maduro lambuzado de tâmaras
Fragrância de corpos que se amam.
Ondas performáticas de mar.
Ondas enigmáticas de amor.
Óleos aromáticos, tendas de magia.
Delírio, sonhos, fantasia.
Poemas constantes, desejos incertos
Na ruptura da aresta
de um grão de areia,
Ampulheta
vazia.
Angela Gomes
sábado, 8 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Que bonito!...
Gostei da coisa de "Ondas performáticas de mar."
Muito bacana a sonoridade deste poema! Um dos melhores poemas que li aqui!
Parabéns, Angela!!!
Postar um comentário