quarta-feira, 30 de maio de 2007

Filho Fruto

Corra enquanto chove
Seguindo a enxurrada vá,
A ciência explica de onde vem
Corra para fertilizar a Terra
Entrando em bueiros
Penetrando, umedecendo
A semente adormecida no escuro
E quente e fértil útero
Alimente-se de seu filho fruto
Corra ao bosque, a passos largos
Seguindo o vento
A colheita chega na próxima estação
Já dançam campos, hastes, e espigas,
Borboletas e pólens
Música da brisa que pinta cores
Corra; saia do estado de decomposição
Que alimenta vermes, lei e ordem
De um mundo explicado por propagandas
De automóveis.

Carlos Sousa

3 comentários:

Anônimo disse...

Falamos o mesmo idioma companheiro.Muito bom !

Anônimo disse...

Os sabres silvam lá fora
é só o frio diz a afluente

parasita
é só um osso tremendo em forma de gente.
Uma coisa.Um resíduo de sofrimento
um cobertor rasgado na forma de pele
um pergaminho de carneiro doente
é a cidade demente sorrindo banguela
pra gente s
seus poucos dentes são de ouro
de tolos.
Do Wilson pro aedo Carlos

Pó & Teias disse...

Muito bom!!!