domingo, 29 de setembro de 2013
Dejaflux
Sete décadas após, - percorro as
mesmas terras de meus antepassados.
Este mesmo povo envelhecido
setenta anos, tem o mesmo
rosto, atualizado, de meus avós.
O mesmo dia a dia, modernizado,
de nossos ascendentes.
Em minhas veias, cartografia
líquida de uma raça mezclada,
feita de ápice & declínio,
estórias (e histórias) reverberam
no eterno cíclico.
Res caldo de memórias
humanas
que por eras erram no quase círculo
vicioso ao redor do Sol[o]
Ricardo Pozzo
mesmas terras de meus antepassados.
Este mesmo povo envelhecido
setenta anos, tem o mesmo
rosto, atualizado, de meus avós.
O mesmo dia a dia, modernizado,
de nossos ascendentes.
Em minhas veias, cartografia
líquida de uma raça mezclada,
feita de ápice & declínio,
estórias (e histórias) reverberam
no eterno cíclico.
Res caldo de memórias
humanas
que por eras erram no quase círculo
vicioso ao redor do Sol[o]
Ricardo Pozzo
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
the multitudinous seas incarnadine
cruzemos os braços
assim cruzando a rua
o teu no meu
como um cordão
que pisoteie as avenidas
até migalhas
qual é o teu partido
alguém pergunta
eles não sabem nada
enquanto toma parte
da situação
quantos são os teus nomes
ou são sorrisos
um olho arde
a noite explode na cidade
ao fim dos rasgos
teu olho arde
é verde ou preto
contra um céu cinzento
e sem catástrofes
meu olho arde
contra o teu
o olho arde
é um cordão
eles só sabem medo
quantos centavos são
eles
e quem são eles
ou quantos somos
eles só sabem medo
porque não cuidamos
não cuidamos de saber
hoje eu te beijaria
você tem nomes
alguém pergunta
a noite explode nas cidades
causando um pânico incendiário
dos telejornais
os braços dados
não será televisionada
os braços dados
quem vai prender
as nossas gargalhadas
os braços
quem contaria as balas de borracha
quem vai prender as nossas gargalhadas
os braços dados
as nossas gargalhadas
por entre evolações
de gás lacrimogêneo
Guilherme Gontijo Flores
assim cruzando a rua
o teu no meu
como um cordão
que pisoteie as avenidas
até migalhas
qual é o teu partido
alguém pergunta
eles não sabem nada
enquanto toma parte
da situação
quantos são os teus nomes
ou são sorrisos
um olho arde
a noite explode na cidade
ao fim dos rasgos
teu olho arde
é verde ou preto
contra um céu cinzento
e sem catástrofes
meu olho arde
contra o teu
o olho arde
é um cordão
eles só sabem medo
quantos centavos são
eles
e quem são eles
ou quantos somos
eles só sabem medo
porque não cuidamos
não cuidamos de saber
hoje eu te beijaria
você tem nomes
alguém pergunta
a noite explode nas cidades
causando um pânico incendiário
dos telejornais
os braços dados
não será televisionada
os braços dados
quem vai prender
as nossas gargalhadas
os braços
quem contaria as balas de borracha
quem vai prender as nossas gargalhadas
os braços dados
as nossas gargalhadas
por entre evolações
de gás lacrimogêneo
Guilherme Gontijo Flores
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Aracnídea
[o zen noção questiona se/ por quê não, poemas explicar?]
Photo by Antoine D´Agata
aranha
ferina
introduz,
em veia
bailarina,
poção
contra -
indicada
à cicatrizes
& queimaduras,
e
teu rosto
resplandece
feito Luas,
anti-
eclipse,
razão
erradicada.
Ricardo Pozzo/ poema no RádioKaos da e - paraná
ISTO É COISA DE:
antoine d`agata,
e- paraná,
RadioKaos,
ricardo pozzo
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Poeira de estrelas
De entidades simples,
tornamo-nos complexos DNA.
Sem acasos
somos um presente eterno
manifestando percepções
pré-programadas
Unidades carbônicas se formam
e se desfazem
compondo o novo
que decorre do velho.
Livre de interpretações inúteis
a natureza se reproduz e se adapta
porém, apenas humanos sentem culpa.
Sem perder a identidade
trocamos material genético
e a ancestralidade corre
pelas veias
mantendo a energia vital.
E nós, poeira de estrelas
brilhamos feito purpurinas.
Deisi Perin
tornamo-nos complexos DNA.
Sem acasos
somos um presente eterno
manifestando percepções
pré-programadas
Unidades carbônicas se formam
e se desfazem
compondo o novo
que decorre do velho.
Livre de interpretações inúteis
a natureza se reproduz e se adapta
porém, apenas humanos sentem culpa.
Sem perder a identidade
trocamos material genético
e a ancestralidade corre
pelas veias
mantendo a energia vital.
E nós, poeira de estrelas
brilhamos feito purpurinas.
Deisi Perin
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
odisseus vinte anos envelhecido em auto exílio antes que um leviatã furioso decretasse condenação á grave heresia da evasão fiscal purgando banzo de consanguíneos euros enterrados em local desconhecido por necessitar atravessar óticos nervos dos eletrônicos polifemos de aduana - depois de tornar se o maior distribuidor de heroína para comedores de ópio na côte d´azur e conseguir adesão à gangue de circe - depois de surubas homéricas com sereias ninfas & mocréias e outra fuga extraordinária à um cerco da interpol a bordo de um iate phantom 300 codinome calypso - depois de seus sócios terem sido ou presos ou mortos lê no correio de notícias de lisboa ao sol de uma tarde outonal: penélope converteu se acionista majoritária da boate tróia´s em ítaca na qual a maior atração era o show da drag telêmaco amante de eumeu cafetão.
Ricardo Pozzo
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