Praça do homem nu: e
mulher de dorso petrificado,
praça dos desavisados: desanuviados com o mundo, enquanto
uma mulher passa gritando “JUSTIÇA!”, assim
sem mais nem menos, um grito seco, e
um grupo, desabrigados, pilhéria com o companheiro bêbadocaído no centro da praça,
enquanto falta de emprego desespera mãe sentada no banco,
jogam água “acorda vagabundo, vai rouba osotro!” e
ao lado, no shopping,
as mulheres olham como quem olha peixe,
feixes feitos fetiches.
Marcelo Leite
quinta-feira, 19 de maio de 2011
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