domingo, 16 de maio de 2010

moer todo corpo

deixa o vento pisar na tua alma
faz a pedra moer todo o teu corpo
ri da lua, ismália enlouquecida,
vê a rua cair boquiaberta

se teus vales sonoros regurgitam
de amores vãos, latentes peitos
diz das flores, espaços que evitam
línguas mortas, instantes escorreitos

fala mais de alfa e de ômega.
se valessem as bocas instaladas
na rudeza atroz de alguma entrega
fosse toda a cidade resvalada.

furacão, grosso chumbo de loucura,
sobra o quê de um corpo na tortura?


Romério Rômulo Campos Valadares

http://romerioromulo.wordpress.com/

Um comentário:

romério rômulo disse...

obrigado, amigos.
um abraço.
romério