Não sou feito de aço,
eu enferrujo, por isso evito ventos fortes
lágrimas à toa.
Como da primeira vez.
Pareço feito de areia,
então escorreguei por entre seus dedos.
Mas foi a última vez.
Sou um bandido alado, impreciso,
roubo a substância do abstrato.
Me comunico em
panfletos colados nos postes, cartazes nos tapumes,
muros piccahdos, estampas de camiseta,
adesivo de carro.
Tenho apenas cincosentidos,
todos voltados para a contra-mão,
e mesmo assim reconheceria a sua voz até no inferno.
Eu viajei vezes e vezes por você
sempre um segundo atrasado
leve, leve, leve
e esperei...
as 7 voltas nas muralhas de Jericó
os 3 dias pela ressureição
os cem anos de guerra e solidão
os nove meses no ventre da tua mãe
mas somente aprendi as leis do tempo
quando li as linhas da tua mão.
A poesia não espera pela inspiração
o amor não espera amadurecer
a dor não espera o perdão
a fome não espera a sede
a vida não espera o fim do expediente
o sol nunca espera pela lua
e eu não espero mais por você.
Luiz Belmiro Teixeira
domingo, 21 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Às vezes palavras nos tocam por demais. Essa é uma delas.
Li, reli e sei que vou ler de novo e de novo...
Menção honrosa no Concurso Helena Kolody, edição 2007.
lindíssimo! melhor, aliás, do que o poema que venceu o helena kolody.
bel...sou eu, a angela lá do colégio guimarães... saudadess...entra em contato comigo... angelaguimaraes2004@hotmail.com... bjão!!!! ah!!! o problema é lindoooo!!!! parabéns!!!!
bel...sou eu, a angela lá do colégio guimarães... saudadess...entra em contato comigo... angelaguimaraes2004@hotmail.com... bjão!!!! ah!!! o problema é lindoooo!!!! parabéns!!!!
Postar um comentário