quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mormaço

Pálpebra pesada
Da janela sonolenta
pende a fuligem preta

O castelo de nuvens
tornou-se borrão
na vista cinzenta

Mormacenta e embaçada,
atmosfera lúgubre
precede a tormenta

Opaca letargia
vai escorrer
da vidraça

Eu choro
sempre que preciso
de luzes

Iriene Borges

Um comentário:

Tullio Stefan disse...

entre nuvens dos mormaços,enfronha-se a chuva;acumulada as águas,só um temporal tem a resposta.