sábado, 23 de agosto de 2008

O Gosto da Saudade

Começa metálico na boca
escorre corrosivo na garganta
e gorjeia em meu estômago
Pássaro flamejante
a revirar o meu avesso

Latejo em espasmos suspensos
entre a fome e a náusea

O desalento já fez ninho
em meus cabelos

Iriene Borges

Um comentário:

Rita Medusa disse...

"Pássaro flamejante
a revirar o meu avesso"

sua densidade é infinita

belo poema!