E um dia as estrelas cairão,
como pouco a pouco faz a cabeleira
ensanguentada deste carvalho.
Soubemos crescer, ser tão fortes
quanto uma vela no meio da noite.
E agora que o vento frio
espalha as línguas do verão,
as inervações de seu espírito
transparecem com o sol.
O dia se mostra um pouco cansado.
Uma mulher esconde os mamilos
em um casaco amarelo. O gari
passa a mão por sobre a testa.
Duas crianças correm ao tempo
sem conseguir alcançá-lo. Embora
tempo seja um ancião com uma bengala,
não conseguem. Um cão persegue
a roda de um caminhão;
depois para, agitado.
E um dia as estrelas também o farão
como faz, pouco a pouco
a cabeleira ensanguentada deste carvalho.
Gustavo Caso Rosendi/ tradução Ricardo Pozzo
Y un día las estrellas caerán,
como poco a poco lo hace la cabellera
ensangrentada de ese roble.
Supimos crecer, ser tan fuertes
como una vela en plena noche.
Y hoy que el viento fresco
desparrama las lenguas del verano,
las nervaduras de tu espíritu
se transparentan con el sol.
El día se muestra algo cansado.
Una mujer oculta sus pezones
en un abrigo amarillo. El barrendero
pasa una mano por su frente.
Dos niños corren al tiempo
sin conseguir atraparlo. Aunque
el tiempo es un viejo con bastón,
no pueden. Un perro persigue
la rueda de un camión;
luego se detiene, agitado.
Y un día las estrellas también lo harán
como lo hace, poco a poco,
la cabellera ensangrentada de ese roble
Gustavo Caso Rosendi
sexta-feira, 18 de abril de 2014
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