sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cada letra pulsa, sangüínea chama como as do teu olhar que devora o abismo contemplando o infinito.

Medo é o teu caminhar na rota rasgada de um pesadelo que explode ali na esquina.

Sentir a textura de um sofrimento derramado como ácido na pele. Na pele de quem toca um farrapo

comensal de cães ladrando irmãos sem distinção. Animais. Nós mesmos que nos projetamos nos outros;

nossas larvas. Nossas lavas subterrâneas de nosso Hades. Mar revolto sob o gelo.

Na insana cidade de banal cópula de violências no parque de horrores e neon.

Tudo se esconde quando se revela atrás dos vidros, o aço.



Wilson Roberto Nogueira

Um comentário:

Deisi Giacomazzi disse...

Wilson
Cada palavra
pulsa sanguínea
revelando
a chama
do teu sentir!

Belíssimo poema