Você leva o meu dinheiro, que nunca foi muito
Leva o meu sossego, que nunca foi tanto
Abre no meu peito a fenda pr'este canto
E ainda é musa no altar deste meu culto
Há tantos verbos que eu podia conjugar
Tantas palavras que pra mim de nada servem
Vendo seus lábios que afoitos outros sorvem
Eu insisto conjugando o verbo a-Mar
Naturalmente hei de deixar seu rio fluir
Pra que despenque numa queda cachoeira
Sob este céu o meu mundo há de ruir
Pisando fundo, pé na tábua, na ladeira
Se o que me importa somente é ir
Contracorrente, subo a nado cachoeira.
Wilton Isquierdo
sexta-feira, 11 de março de 2011
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2 comentários:
Gostei!
Gostei do conteúdo e da forma, principalmente o primeiro verso.
Deisi
contra correnteza
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