quarta-feira, 16 de março de 2011

O Amor e a Morte

Quando, então, todos olharem pro céu
Descerá num raio a última grande quimera
Olhos cheios de medo brilharão de espanto
E um vida mansa, óh! como eu quisera,
Viver um sonho em flamas embalde, tanto.

Vejo a dor impiedosa a descer nas almas,
Onde estais, ultor heroi d´mundo morto?
Se vens, que venhas logo álamo amigo,
Erga-se eterno d´ste lodo invisível,
Cândido caminho respirando, e sangro
o grito displicente d´ste anjo torto.

Condesço-me à alegria rumo ao fim tranqüilo,
Pois fraco e frívolo foi desejo de minh´alma,
E gora lastimo-me em não merecer lutar contigo
E congregarmos juntos a vitória perdida.

Olhos insaciáveis jubilam-se em plasma, e
N´ste bater de asas o raio apocalíptico, vejo
O sol que vagamente se apaga com a vida,
Uma beleza extrema finaliza a despedida....

Perdoa-me, ultimogênito, este tétrico espírito
Que abandonas a ti n´ste momentum íntimo,
Que deixa a vida em lapso de egoísmo.
Salve-os amigo amor tão lindo
E deixe-me arder em eterno martírio.

Leandro Santos (Maranhão) 

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