quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Não sei se me explico bem. Eu nada pedi...nem a você nem a ninguém, não fui eu quem caí...

Se me tratas com a frieza do aço que emoldura
Parte de tua armadura brilhante de cavaleiro.
Não esperes de mim aquele grito derradeiro,
Não esperes que no gelo da tua boca eu me afunde.

Pois já que ignoras o calor que brota do meu peito,
Certamente, não sou eu quem o conforto irá te dar.
Mas preste atenção no aviso que te ofereço:
Não há calor do mundo inteiro capaz de te esquentar!

Visto que, tu és cego, surdo, mudo, recolhido e,
Atrás do teu escudo, nada pode te atingir mais.
Se queres me cortar com tal inverno infinito,
Não esperes que eu caia na loucura e perca a paz.


Nubia de Oliveira (Morgan Le Fay)

4 comentários:

Anônimo disse...

DO poema gostei.O título é extenso demais,precisa ser mais conciso.
Casa bem com a foto abaixo.que serve tbm a afegã.

Badoso disse...

Esse poema é muito belo.

Morgan Le Fay disse...

O poema não tem título. Isso é um verso de uma música

Anônimo disse...

realmente; muito interessante!