num aquário (morte falsa) num aquário (não há) noites em claro, água com açúcar (há), sal sob a língua (há), liquid sky é minha saída para dias-distorção
embrulhem migalhas: hoje não há mais loucos quase sonados e aquém sonhantes, eles, se vêm, vêm e buum ! somem. a infância foi um lugar de vencer corridas (morte falsa), lá só os loucos escreviam completamente, uma fala de espirro amoníaco, fabulando praias demais.morcegos, pessoas distantes que não virão aqui sob as árvores de resina
envenenada, possuem o sonar circulador do brilho seu reino (vê: não dápra se armar da fome do povo). se meu filho comesse todos os peixes do mar e 'de la tierra nace el pan, y debajo de ella estará como convertida en fuego'.
o futuro tecnologicamente falando reserva-me o enxerto, com aquela superfície que em mim é vivida de outro modo, o vagar e vau abismo. do que você sente mais falta ? estradas cheias, dizem, de transes, e malocas indígenas onde me abriria a um unicórnio, as estrelas veladas por seda.
(morte falsa) ou o universo é uma casa - diriam certo, leves nas celasos monges de silêncio, o universo é uma passagem - onde escrevo a ética
da desaparição. mais vastos são os corpos vazios, voz de anjos, salto suicida de uma cadeira, ou cemitério dos sons, insinua o pouso e não toca o chão.
a forca era uma espécie de picnolepsia enquanto escrever era um vício, a asa delta sem lapsos, a oficina de areias extremas. penso nas crises das
ex-lagartas no campo à quase-chuva: o verde é um mar tão amplo, caminho que sempre se percorre e ao fim morre-se.
anotações de um pós-fotógrafo à espera de pássaros: agora o que faço ? os pássaros tão cabaço, não apareceu um, não veio. o silêncio que ocupa
o espaço: o som não cabe mais no espaço - o espaço é o animal que pensa
que a membrana de água da noite me adormeça.
torso oleado, onde a pele ao escamar-se, escaldar-se, e eles rind'à-toa, hálito do sol rezere-me em mim, em mel! pasta de miolos! esquecer o céu,
mas vejo olhos de papel (anotar - morte falsa - pássaros iluminam o sol), há a luz onde palavras não dizem nada.
queimar livros, ser self-made man na terra do prazer, respirar de estrelas mais portas invisíveis, have you ever been to electric ladyland ? adeus projetos hidrográficos, que jamais velejem sozinhos, sob quedas repentinas
de energia eu sonho um dia vos reinundarei.
Ricardo Pedrosa Alves
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
texto encontrado no blog As Escolhas Afectivas:
http://asescolhasafectivas.blogspot.com/2006/09/ricardo-pedrosa-alves-mencionado-por.html
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