Por sendas oblíqüas,
violência urbana
violência doméstica.
Delitos, impunidade e dor,
na penumbra das cidades.
Pelas esquinas,
rostos anônimos,
corpos lanhados
pelas marcas do desamor.
Não importa a idade,
classe social.
Mulheres,
tomadas pelo medo,
têm a alma amargurada,
a carne rasgada.
Nos olhares castigados,
não há lágrimas nem sorrisos.
Só um silencioso pedido de socorro
entre sonhos adormecidos.
O tempo, é como sopro,
leva sem remorsos,
o silêncio da noite, os hematomas,
as escoriações, as mãos vazias...
- ( não importa a identidade,
o coração partido,
o medo
a desventura) -
E, sem sofismas
na alvorada, traz a denúncia,
porta à liberdade!
30/11/04
Andrea Motta
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
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