Na solidão plena é que ouço
minhas entranhas a me chamar.
Apelos fracos e débeis
que se confundem
com sonhos e cansaço.
Ilusão de um mundo real.
Há um mundo real.
Sou transição entre dois mundos.
Solidão.
As obras são maravilhosas,
mas não bastam.
As pessoas são amigas ,
mas ausentes.
Só o tempo sente a presença.
Mas nós não temos tempo
e somos ausentes .
Temos , mas não somos.
Só vemos o reflexo da própria vida.
Nem conhecemos a nós próprios,
só o eu-superfície do espelho.
As mãos estão muito ocupadas.
Os olhos estão muito ocupados.
Estamos presos e não sabemos,
e nem queremos saber...
Amarrados ao tempo ,
servos dos horários .
Somos apenas reflexos
andando na multidão.
Deisi Perin
sábado, 24 de novembro de 2007
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