As casas flamejam porque partiremos
para não voltar jamais.
Guillaume Apollinaire
Surgem a cada noite
uniformizados de musgo
desde a terra parturiente
Olham as luzes do cais
e ainda sonham
em regressar algum dia
Cheirar de novo o bairro
e correr até a porta
da casa mais triste
e entrar como entram
os raios solares
pela janela
na qual ninguém mais
se detém a olhar
onde já ninguém
espera a alegria.
Gustavo Caso Rosendi/ tradução Ricardo Pozzo
Las casas flamean porque partiremos
para no volver jamás.
Guillaume Apollinaire
Se asoman cada noche
uniformados de musgo
desde la tierra parturienta
Miran las luces del muelle
y todavía sueñan
con regresar algún día
Oler de nuevo el barrio
y correr hacia la puerta
de la casa más triste
y entrar como entran
los rayos del sol
por la ventana
en la que ya nadie
se detiene a mirar
donde ya nadie
espera la alegría
Gustavo Caso Rosendi
quarta-feira, 23 de julho de 2014
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