o suspiro da chuva
angustia a manhã.
O sol não se percebe só
sabe da presença pura
e ácida lágrima
amarga da fábrica
sangue translucido da natura.
O pranto seco das mães estéreis
sonham filhos de almas recusadas
acefalia falando aos espíritos
todas as ausências de todas as cores
do sol negro da fábrica a germinar
pastagens de espumas em lagos sulfurosos
em cada fio de fumaça um fantasma
como aquela criança pálida coberta de pústulas
que brinca em sua margem.
O amanhã.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
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Um comentário:
Qual amanhã...?
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