domingo, 6 de novembro de 2011

A companhia custara apenas o preço de um cafezinho. Passavam horas que se diluíam no silêncio dos olhares. Um procurava encontrar no olhar do outro o próprio olhar. E juntos dançavam.

Hora de pagar a conta. As luzes se acenderam e só viram o mármore e as moedas caindo no chão. A dança acabou. Mais uma vez ela pagou a conta. E nunca mais voltou.

Agora ele gira moedas na mesa da cafeteria e só tem a sombra da lembrança a orar por ele.


Wilson Roberto Nogueira

2 comentários:

Anônimo disse...

ótimo texto!

rp

Deisi Giacomazzi disse...

essa solidão de si próprio, é doída.