Recolhe os olhos aos pés
quando o sol amanhecer,
e com ele se fizer
meu sermão.
Acorda a alma a gritos,
sem despertar o mal
que com ela descansa
entre os vãos.
das portas,
das casas,
do túneis abrigados
no fundo das veias.
furadas,
vazias,
drenadas para ficar
loucas com a escassez
Respira com cuidado,
atento à própria vida
e aos movimentos frágeis
do pulmão.
Retira a própria pele
e mascara o semblante,
para não parecer mais
com seus irmãos.
("Autoridade")
Matheus A. Quinan
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
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