O mau cheiro que vinha da casa lacrada começou a ser sentido pelos vizinhos. Um dia umas crianças travessas arrebentaram o lacre de barro. Dentro, o cadáver dela em decomposição.
Especulações.
Um vizinho disse que sempre ouvia os sons de briga: "Discussões por minhocas da vida".
Outro disse que viu quando o parceiro dela lacrava a porta da casa, retirando-se noite adentro sem olhar para trás. Em busca de um voo solitário.
Mas nada ficou provado e sequer o acharam.
Só se sabe que foi achado o cadáver da fêmea do João de Barro dentro da casa lacrada de barro.
Susan Blum
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Extraído do livro [Novelos nada Exemplares] de Susan Blum, lançado pela Amplexo Editora, no final de 2010
Postar um comentário