"What's in a name? That which we call a rose By any other name would smell as sweet."
Romeo and Juliet (II, ii, 1-2)↓
Guardo tudo em arquivos ilógicos e anárquicos que nem eu mesma entendo. Estranhas conexões, símbolos absurdos. Guardei você, sua imagem, sob um desses ícones multicoloridos.
Outro nome, outras cores, mas é você.
Sabe como funciona: “Que há num nome? Aquilo que chamamos rosa com qualquer outro nome seria igualmente doce”.
Janelas ↔nuvens↔espelhos↔sonhos↔olhos tristes↔Kamikazes de papel!
Coleciono palavras e gosto de dançar com elas, me esconder debaixo delas. Você brincando distraído e rápido as decodifica. Devo ser fácil e óbvia demais.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Palavras e imagens caem sobre mim em largas e pesadas gotas.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Tudo fica absurdamente importante quando nada é tudo que se tem.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!↓
↓ Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
O menino sorri e me pede a caneta, ele precisa que eu lhe desenhe os olhos do homem-aranha, a adolescente resmunga e eu sorrio.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Seu sorriso surge na tela da memória, bem ali ao alcance da mão, ao alcance do beijo. Está bem ali transfigurado em símbolo de algo bom. É meu agora e eu gosto dele, mas e daí?Nada? Tudo? E daí? Ainda preciso desenhar os olhos do homem aranha e ou vir alguns resmungos importantíssimos.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Guardei você também, sorrisos e palavras, mas vamos combinar assim: Você não me decifra e eu não te devoro.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!↓
Rosa Cardoso
domingo, 24 de maio de 2009
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