sexta-feira, 29 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Quimera
"What's in a name? That which we call a rose By any other name would smell as sweet."
Romeo and Juliet (II, ii, 1-2)↓
Guardo tudo em arquivos ilógicos e anárquicos que nem eu mesma entendo. Estranhas conexões, símbolos absurdos. Guardei você, sua imagem, sob um desses ícones multicoloridos.
Outro nome, outras cores, mas é você.
Sabe como funciona: “Que há num nome? Aquilo que chamamos rosa com qualquer outro nome seria igualmente doce”.
Janelas ↔nuvens↔espelhos↔sonhos↔olhos tristes↔Kamikazes de papel!
Coleciono palavras e gosto de dançar com elas, me esconder debaixo delas. Você brincando distraído e rápido as decodifica. Devo ser fácil e óbvia demais.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Palavras e imagens caem sobre mim em largas e pesadas gotas.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Tudo fica absurdamente importante quando nada é tudo que se tem.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!↓
↓ Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
O menino sorri e me pede a caneta, ele precisa que eu lhe desenhe os olhos do homem-aranha, a adolescente resmunga e eu sorrio.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Seu sorriso surge na tela da memória, bem ali ao alcance da mão, ao alcance do beijo. Está bem ali transfigurado em símbolo de algo bom. É meu agora e eu gosto dele, mas e daí?Nada? Tudo? E daí? Ainda preciso desenhar os olhos do homem aranha e ou vir alguns resmungos importantíssimos.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Guardei você também, sorrisos e palavras, mas vamos combinar assim: Você não me decifra e eu não te devoro.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!↓
Rosa Cardoso
Romeo and Juliet (II, ii, 1-2)↓
Guardo tudo em arquivos ilógicos e anárquicos que nem eu mesma entendo. Estranhas conexões, símbolos absurdos. Guardei você, sua imagem, sob um desses ícones multicoloridos.
Outro nome, outras cores, mas é você.
Sabe como funciona: “Que há num nome? Aquilo que chamamos rosa com qualquer outro nome seria igualmente doce”.
Janelas ↔nuvens↔espelhos↔sonhos↔olhos tristes↔Kamikazes de papel!
Coleciono palavras e gosto de dançar com elas, me esconder debaixo delas. Você brincando distraído e rápido as decodifica. Devo ser fácil e óbvia demais.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Palavras e imagens caem sobre mim em largas e pesadas gotas.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Tudo fica absurdamente importante quando nada é tudo que se tem.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!↓
↓ Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
O menino sorri e me pede a caneta, ele precisa que eu lhe desenhe os olhos do homem-aranha, a adolescente resmunga e eu sorrio.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!
Seu sorriso surge na tela da memória, bem ali ao alcance da mão, ao alcance do beijo. Está bem ali transfigurado em símbolo de algo bom. É meu agora e eu gosto dele, mas e daí?Nada? Tudo? E daí? Ainda preciso desenhar os olhos do homem aranha e ou vir alguns resmungos importantíssimos.
Sorriso→sorvete→tarde→música→notas erradas!
Guardei você também, sorrisos e palavras, mas vamos combinar assim: Você não me decifra e eu não te devoro.
Janelas→nuvens→espelhos→sonhos→olhos tristes→Kamikazes de papel!↓
Rosa Cardoso
terça-feira, 19 de maio de 2009
Refletindo Silêncio
Para longe de mim
Equilibrando-me
sobre o fio esticado
entre sonho e juízo
prestes a estatelar-me
na rudeza dos fatos,
prestes a alçar vôo
rumo a pouso impreciso
Para longe de mim
A ressonância da tua voz
provoca tremores
muda o curso da libido
no murmúrio raso
do discurso fluido
que escorre
para minhas profundezas
Para longe de mim
Que a figura debruçada
na janela irreal
seja a imagem colhida
pela menina em meus olhos
a ostentar indiferença
Estrela longínqua
refletindo silêncio
no mar
Iriene Borges
Equilibrando-me
sobre o fio esticado
entre sonho e juízo
prestes a estatelar-me
na rudeza dos fatos,
prestes a alçar vôo
rumo a pouso impreciso
Para longe de mim
A ressonância da tua voz
provoca tremores
muda o curso da libido
no murmúrio raso
do discurso fluido
que escorre
para minhas profundezas
Para longe de mim
Que a figura debruçada
na janela irreal
seja a imagem colhida
pela menina em meus olhos
a ostentar indiferença
Estrela longínqua
refletindo silêncio
no mar
Iriene Borges
domingo, 17 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
Em minha cama vazia
escondo os olhos quase fechados
remelentos de vírus
com pedaços de lenços escarrados
e falta de fome de vida.
Meus poros vertem suor de febre
nem suína, nem galinácea,
apenas a de sempre.
Espirro humano que me tira do prumo,
vertigens e dores nos neurônios.
E tosse...tusso... cof...cof...
Deisi Perin
escondo os olhos quase fechados
remelentos de vírus
com pedaços de lenços escarrados
e falta de fome de vida.
Meus poros vertem suor de febre
nem suína, nem galinácea,
apenas a de sempre.
Espirro humano que me tira do prumo,
vertigens e dores nos neurônios.
E tosse...tusso... cof...cof...
Deisi Perin
domingo, 10 de maio de 2009
Lua negra
O grito torna palpável a solidão.
A estrada atada à linha fugidia,
o topo surdo da montanha
ou um nicho no granito
não ratificam tanto o ser só
quanto gritar na multidão.
O grito é faísca
de massa cinzenta em combustão,
imperceptível na tensa claridade.
O grito é rito
de intriga e desintegração
a riscar e trincar o obscuro.
Se a poesia lambe a face iluminada
o grito tange a lua negra,
sem arrecadar simpatia.
E sabe a censura da razão
e a ovação da boemia etilizada.
Seu palco é a rua,
o relento,
entre a bênção das estrelas
e o irromper dos ratos nos bueiros,
onde qualquer cadela vadia
cuida ensinar-me amar à lua
Iriene Borges
A estrada atada à linha fugidia,
o topo surdo da montanha
ou um nicho no granito
não ratificam tanto o ser só
quanto gritar na multidão.
O grito é faísca
de massa cinzenta em combustão,
imperceptível na tensa claridade.
O grito é rito
de intriga e desintegração
a riscar e trincar o obscuro.
Se a poesia lambe a face iluminada
o grito tange a lua negra,
sem arrecadar simpatia.
E sabe a censura da razão
e a ovação da boemia etilizada.
Seu palco é a rua,
o relento,
entre a bênção das estrelas
e o irromper dos ratos nos bueiros,
onde qualquer cadela vadia
cuida ensinar-me amar à lua
Iriene Borges
Que seja
Está bem: que termine, que termine!
Se tem que ser assim... Enfim: que seja!
Que não mais o meu verso te ilumine
e nem tua magia me proteja
das coisas que não temo e em que não creio.
E os beijos de hortelã e de cereja
que trocaríamos noutra realidade,
que fiquem para sempre relegados
ao território das impossibilidades.
Não sou de ter saudades do passado,
mas do futuro, sim, terei saudade.
Betty Vidigal
Se tem que ser assim... Enfim: que seja!
Que não mais o meu verso te ilumine
e nem tua magia me proteja
das coisas que não temo e em que não creio.
E os beijos de hortelã e de cereja
que trocaríamos noutra realidade,
que fiquem para sempre relegados
ao território das impossibilidades.
Não sou de ter saudades do passado,
mas do futuro, sim, terei saudade.
Betty Vidigal
sábado, 9 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Probabilidade
depois do jogo acabado
é difícil driblar o silêncio
BATISTA DE PILAR
in: A Nona Cartada
Esta rua não devia se chamar Mário Quintana
Não gosto do sabor insosso
das linhas retas.
Um poeta não devia nomear
uma rua reta.
A rua Mário Quintana não devia ser reta,
devia ter joelhos,
dobrar esquinas,
passar por um barbeiro e livrarias,
por uma árvore centenária,
por um bar,
cruzar uma praça,
desorganizar o retilíneo das homenagens.
Uma rota de pássaros migratórios, sim
poderia se chamar Mário Quintana.
SOLIVAN BRUGNARA
in: Encantador de Serpentes
segunda-feira, 4 de maio de 2009
sábado, 2 de maio de 2009
O excesso do real num jogo ótico de luz e sombra
Um cavalo corre no campo cerebral de Muybridge
que captura suas articulações
por não aguentar a efemeridade do seu galope
congelando o movimento primórdio do animal
tecno-cientificamente classificado
como um eqüino imortalizado
Muybridge
a fim de descobrir a lógica no místico
eternizou o fascínio na luz da razão
a mesma razão que o enganou
quando apertou o gatilho da espingarda
contra o amante de sua mulher
como se além de ter capturado o corpo físico
tivesse guardado também
o instinto do objeto fotografado
cuja natureza era demasiado forte
para o seu intelecto visionário
de homem duplamente traído.
Camila Vardarac
http://vaga-lumens.blogspot.com/
que captura suas articulações
por não aguentar a efemeridade do seu galope
congelando o movimento primórdio do animal
tecno-cientificamente classificado
como um eqüino imortalizado
Muybridge
a fim de descobrir a lógica no místico
eternizou o fascínio na luz da razão
a mesma razão que o enganou
quando apertou o gatilho da espingarda
contra o amante de sua mulher
como se além de ter capturado o corpo físico
tivesse guardado também
o instinto do objeto fotografado
cuja natureza era demasiado forte
para o seu intelecto visionário
de homem duplamente traído.
Camila Vardarac
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