Fecham-se as cortinas, a platéia se cala.
Sai de cena o poeta junto à prepotência,
E vai sua poesia enroscada na demência.
Entra em cena o doente, a dor propala:
Mesmo que meu corpo ao bolor se curve,
Que o canto esvaia abafado e incorreto
E o rebento perante o amor se turve,
Quero que seja o último ato, o ato certo.
Que eu me mate num gesto de estrelismo.
Mas antes do verme debicar o agre gosto
E a vida finar-se em seu singular mutismo,
Que seja da eternidade o último abraço,
Uma lágrima sincera caia-me sobre o rosto
E meus versos cruzem o tempo-espaço.
Jairo Alt
(convidado de Angela Gomes e Iriene Borges)
Crisis capitalism
Há 5 minutos
Um comentário:
Seus versos cruzarão !!!!!!!!!
Parabéns.
Iriene Borges
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