quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um grande exorcista dos meus demônios é uma alva folha de papel.
A porta onde entrei na casa de móveis virados carcomidos miravam conflitos .
Velhos baús onde sepultos velhos retalhos sonhavam sonhos de sangue
Sob a mesa o leito de insepultos desejos alimentando correntes de angústias
Vidas nuas nadando sem asas  nas nuvens sem  acarinhar formas só sombras
Nuvens em nevascas logo fechando portas aos  passos que não brotavam mais
ruínas de incêndios  contando nas labaredas do silêncio  a lágrima da alma..

Wilson Roberto Nogueira

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