quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Contamínio

Como se fosse leve, toda essa febre.
Shuffle, xaxim, nirvana – tudo que me persegue
E cada som caído como se não anunciasse o cheiro.
Terrível!

Botas, polainas, lírios...
Tudo a mais, o gozo que guardo, cada não que
respiro, inteiro
Seu sorriso irrecuperável, como em qualquer
Despedida,
e aquilo que meço, que pulso e inundo como
Se fosse meu – fluxo;

Uma inquietação vinda dos sonhos, praias:
Os navios afundando, sempre as velhas mentiras
Corpo, suor, poros, asas, saliva.
Te levo comigo.

Todos seus espirais. Aquilo que te lança contra o
espelho, as cenas de filme. O jardim.
Blues bruto. Qualquer uma.

Sim. Ainda existe uma espessura de amor
Raízes, terra, adubo, húmus.
E, aliás, inevitavelmente, uma razão escondida
no passar das horas.

Aquela matemática simplória: Tudo que sem Dó
anuncia você e o meu fim.


Juliana Vallim

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