segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
no jardim das delícias vivas
um amor thelema
para o dia de todas as almas
o beijo com efeito de morte súbita
no corpo pentagrama
da manhã
para libertar aqueles que partiram de nós
enquanto o mercado de flores veste os mortos
a terra nos deixa despidos
no jardim de bosch
com olhos sonâmbulos
na fumaça de café
um silencioso alfabeto de punhais
nomes relâmpagos apunhalados no ar
e outros aeons surgindo
arcanos elétricos
na repentina legião de delícias
celestes
para dois
compondo novas formas de vida
uma letra musical para cruzar o oceano
uma poesia para selar o livro secreto
uma lei qualquer
que não nos mate
sobreviventes
sob vontade
Andréia Carvalho
para o dia de todas as almas
o beijo com efeito de morte súbita
no corpo pentagrama
da manhã
para libertar aqueles que partiram de nós
enquanto o mercado de flores veste os mortos
a terra nos deixa despidos
no jardim de bosch
com olhos sonâmbulos
na fumaça de café
um silencioso alfabeto de punhais
nomes relâmpagos apunhalados no ar
e outros aeons surgindo
arcanos elétricos
na repentina legião de delícias
celestes
para dois
compondo novas formas de vida
uma letra musical para cruzar o oceano
uma poesia para selar o livro secreto
uma lei qualquer
que não nos mate
sobreviventes
sob vontade
Andréia Carvalho
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
ARQUITETURA DA DESCONSFRUIÇÃO
Era fumaça em gelo seco
Onda de magma – rocha em lava
Quanto mais oculta no beco
Mais revelava
Duma pelugem colorida
Ou fofa nuvem branca e preta
A retina não consolida
Nem interpreta
Proibido fruto – vinha da ira
Quer fosse só a mira da vinha
Ir e vir viram vira-vira
E assim convinha
Se as suas luzes vissem dar
Hostes aureoladas em horda
São abstrações que o paladar
Morda e remorda
Enfim festim vamos manter na
Fusa – confusa sala russa
E a face à mostra que ela alterna
Nua debruça
Ivan Justen
http://ossurtado.blogspot.com/2010/11/arquitetura-da-desconsfruicao.html
Onda de magma – rocha em lava
Quanto mais oculta no beco
Mais revelava
Duma pelugem colorida
Ou fofa nuvem branca e preta
A retina não consolida
Nem interpreta
Proibido fruto – vinha da ira
Quer fosse só a mira da vinha
Ir e vir viram vira-vira
E assim convinha
Se as suas luzes vissem dar
Hostes aureoladas em horda
São abstrações que o paladar
Morda e remorda
Enfim festim vamos manter na
Fusa – confusa sala russa
E a face à mostra que ela alterna
Nua debruça
Ivan Justen
http://ossurtado.blogspot.com/2010/11/arquitetura-da-desconsfruicao.html
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
vou sonhar a pedra do teu coração...
vou sonhar a pedra do teu coração feito um martelo no linho obscuro da pérola: se deus falasse, ficaria calado: ela é o próprio mistério dos sinos todos de todas as catedrais: à noite ela deita a tessitura da cervical na grama fria: eu queria atravessar teu peito com esse arpão sagrado que é a palavra: e se casei com a noiva da neve, foi para que me soprasse: o gelo: no gelo do coração: a língua gelada na nuca fria: assim ela entraria em meu coração: com o sono do chuveiro espalhado na pele, vestiria toda a nudez quando sai da toalha molhada e atravessa o filme do Fellini já gagá entre a névoa: filma essa música espalhada na paisagem: um deus caído, que se falaria, preferiria ficar calado, chupa a chuva na tua coxa com brincos de coral e pérola caindo das orelhas: o arpão da língua a atravessa até o infinito: se te falo: todo o livro é uma declaração de amor, foi que chorei esses versos ainda hoje quando entravas no esquecimento de um dia de tédio: o tédio já é o deus cansado de sua falta do que dizer pois pode ser que ele desconheça a melancolia e o amor: eu entro no quarto com o chapéu de chuva atravessado com violinos de Béla Bartók: ela não acende algum cigarro: não pensa nas lamas do führer: eu bebo a água acumulada em sua clavícula.
Valor e Cultura
XVII
O cão de guarda, obedece.O meganha: fareja a palavra fora do contexto.
Giuliano Gimenez
http://aguerradasimaginacoes.blogspot.com/
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Contextualização
Quero escrever, camaradas
Com toda saliva saindo pelo papel
Que no meu tempo
Eu
Sei das coisas
No meu espaço
Deixem-me
Que eu me viro
Agora, quanto àqueles que se fingem à minha
Pessoa
Desses que só sobre meu cuspe
Não sei mais
Da China
Os acionistas de Xanghai
Continuam a dar gargalhadas
Nem na Nicarágua
Ou da Costa Rica
Honduras anda aos prantos com Zelaya
E as Nações Unidas – meus caros,
Os mesmos que jogaram ás traças do leste
Europeu a nação dos charutos –
Clamam pela ilegalidade do corrupto do mesmo
Partido do anterior presidente
Também não sei
Se o Álvaro de Campos
É ou não Fernando Pessoa
Do mar português
Somente vejo borrascas financeiras
Nada de mulheres bigodudas com seus
Pasteizinhos de Belém
Mas o Álvaro – meus caros – sabe bem o que dizer
A esta era:
“nuncaconheciquemtivesselevado porrada!”
Que se vão para o espaço todas essas lantejoulas
Do anos 90
E que se vá para órbita
Como Yuri Gagarin
O cosmonauta soviético
Herói nacional
Essas ações Lehman Brothers
Esses títulos de créditos do governo norte
Americano
Os imóveis hipotecados de Wall Street
Essa rua de paredes
Rua The Wall – totalmente adequado aos padrões
Floydianos
Pedra sobre pedra se erguem esses burgueses
Pedras retiradas da muralha da China
Pedras de crack roubadas da Rua Riachuelo
Pedras de gelo das banheiras militares
Pedras doiradas do caminho maravilhoso
Do Mágico de OZ!
Então, camaradas
Peguem suas máquinas
Tirem esses óculos
Limpem essas lágrimas
Desfaçam todos os laços
Que essa existência é um ócio
Somente a luta é que dignifica
A luta é sempre sanguinolenta
Consome os dias como o fogo consome
Oxigênio
E deixa as costas duras e os nervos
Doendo
Mas é ela, camaradas
É ela! Não a mesma do Álvaro
A mesma do Alvarez
E o eco, ainda longe, respondeu:
Celso Eidt...so Eidt......Eidt
Camaradas!
A realidade só se aprende
Só se enfrenta
Defronte o espelho
É que nos vemos
A nós mesmos
E o mesmo cão
Cujas pupilas refletiam o céu
- de talvez Curitiba –
refletem agora a complexidade:
crise de dinheiro inexistente
revolta no Irã de aiatolás
China maior credor dos Estados Unidos
Brasil munidos de Odebrecht
Greve no INSS decretada ilegal por Lula da
Silva
Camargo Correia dando dinheiro ao Partido
Dos Trabalhadores
E a lista continua ad infinitum
E agora José?
E o amor?
Será simples ainda?
Riram agora, com tais palavras
Muitos Líquidos analistas
Ex – comunistas
Ex – personagens da pós-modernidade
Porém eu sei,
Camaradas
Eu sei onde está a simplicidade
Onde está a tonalidade
A dialética
A estética
A luta de classes
Itaqui, São José dos Pinhais
Vila Sabará, Cidade Industrial de Curitiba
Calçada da Fazendinha
Solo onde se deu a luz a três
Repito
Três crianças nasceram na calçada
Numa favela edificada a meio – fio
E 300 policiais, dois por cada resistente morador,
Deram conta do recado
Que liquidês há na tropa de choque versus pobres
Sem destino?
Somente se houvesse sangue
O visco líquido que o Capital aprendeu a beber
Sim José, camaradas
A luta é simples como água e pão
E reflete nas pupilas de cada cara marcada de Sol
O Povo só tem o Sol acima das cabeças
E ainda assim, canta
Mais ainda abraça o inimigo como se fosse um
Irmão
Basta de paz nessa terra!
Façamos a guerra!
Pois só pode haver paz depois da guerra
E vida na luta,
O pão nosso de cada dia
Nos dai
O pão das crianças da ocupação da calçada
Que ficaram sem comer desde às 5 da manhã
Eram onze horas
E sua fome maior era de casa
Pois haviam sido despejadas
Por 300 policiais
Às 5 da manhã
Eis o que chamam Luta de Classes
Eis o que chamam Militância
Havia vida ainda
E era só o que havia
Era só o que se via
Mesmo que eles morressem
Todos eles
Habitantes históricos da calçada
Ainda assim
Haveria ainda vida
E somente se veria
Quão lindos
Quão linda
Que peso
Que vida!
Yuri Campagnaro
Com toda saliva saindo pelo papel
Que no meu tempo
Eu
Sei das coisas
No meu espaço
Deixem-me
Que eu me viro
Agora, quanto àqueles que se fingem à minha
Pessoa
Desses que só sobre meu cuspe
Não sei mais
Da China
Os acionistas de Xanghai
Continuam a dar gargalhadas
Nem na Nicarágua
Ou da Costa Rica
Honduras anda aos prantos com Zelaya
E as Nações Unidas – meus caros,
Os mesmos que jogaram ás traças do leste
Europeu a nação dos charutos –
Clamam pela ilegalidade do corrupto do mesmo
Partido do anterior presidente
Também não sei
Se o Álvaro de Campos
É ou não Fernando Pessoa
Do mar português
Somente vejo borrascas financeiras
Nada de mulheres bigodudas com seus
Pasteizinhos de Belém
Mas o Álvaro – meus caros – sabe bem o que dizer
A esta era:
“nuncaconheciquemtivesselevado porrada!”
Que se vão para o espaço todas essas lantejoulas
Do anos 90
E que se vá para órbita
Como Yuri Gagarin
O cosmonauta soviético
Herói nacional
Essas ações Lehman Brothers
Esses títulos de créditos do governo norte
Americano
Os imóveis hipotecados de Wall Street
Essa rua de paredes
Rua The Wall – totalmente adequado aos padrões
Floydianos
Pedra sobre pedra se erguem esses burgueses
Pedras retiradas da muralha da China
Pedras de crack roubadas da Rua Riachuelo
Pedras de gelo das banheiras militares
Pedras doiradas do caminho maravilhoso
Do Mágico de OZ!
Então, camaradas
Peguem suas máquinas
Tirem esses óculos
Limpem essas lágrimas
Desfaçam todos os laços
Que essa existência é um ócio
Somente a luta é que dignifica
A luta é sempre sanguinolenta
Consome os dias como o fogo consome
Oxigênio
E deixa as costas duras e os nervos
Doendo
Mas é ela, camaradas
É ela! Não a mesma do Álvaro
A mesma do Alvarez
E o eco, ainda longe, respondeu:
Celso Eidt...so Eidt......Eidt
Camaradas!
A realidade só se aprende
Só se enfrenta
Defronte o espelho
É que nos vemos
A nós mesmos
E o mesmo cão
Cujas pupilas refletiam o céu
- de talvez Curitiba –
refletem agora a complexidade:
crise de dinheiro inexistente
revolta no Irã de aiatolás
China maior credor dos Estados Unidos
Brasil munidos de Odebrecht
Greve no INSS decretada ilegal por Lula da
Silva
Camargo Correia dando dinheiro ao Partido
Dos Trabalhadores
E a lista continua ad infinitum
E agora José?
E o amor?
Será simples ainda?
Riram agora, com tais palavras
Muitos Líquidos analistas
Ex – comunistas
Ex – personagens da pós-modernidade
Porém eu sei,
Camaradas
Eu sei onde está a simplicidade
Onde está a tonalidade
A dialética
A estética
A luta de classes
Itaqui, São José dos Pinhais
Vila Sabará, Cidade Industrial de Curitiba
Calçada da Fazendinha
Solo onde se deu a luz a três
Repito
Três crianças nasceram na calçada
Numa favela edificada a meio – fio
E 300 policiais, dois por cada resistente morador,
Deram conta do recado
Que liquidês há na tropa de choque versus pobres
Sem destino?
Somente se houvesse sangue
O visco líquido que o Capital aprendeu a beber
Sim José, camaradas
A luta é simples como água e pão
E reflete nas pupilas de cada cara marcada de Sol
O Povo só tem o Sol acima das cabeças
E ainda assim, canta
Mais ainda abraça o inimigo como se fosse um
Irmão
Basta de paz nessa terra!
Façamos a guerra!
Pois só pode haver paz depois da guerra
E vida na luta,
O pão nosso de cada dia
Nos dai
O pão das crianças da ocupação da calçada
Que ficaram sem comer desde às 5 da manhã
Eram onze horas
E sua fome maior era de casa
Pois haviam sido despejadas
Por 300 policiais
Às 5 da manhã
Eis o que chamam Luta de Classes
Eis o que chamam Militância
Havia vida ainda
E era só o que havia
Era só o que se via
Mesmo que eles morressem
Todos eles
Habitantes históricos da calçada
Ainda assim
Haveria ainda vida
E somente se veria
Quão lindos
Quão linda
Que peso
Que vida!
Yuri Campagnaro
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
poema con sueños
Se fugo el sueño.
y la noche se aprovecha de eso
para hacerse la profunda,
y decirme que en ella todo se termina,
que adentro y afuera es eterna,
que ya no hay mas sol, ni mas paz,
y tampoco mas guerra.
Y no se si creerle;
Por eso le pregunte al cielo si era verdad
y él tampoco sabe si es cierto,
por eso se desespera y se precipita al suelo
con palabras que hacen un tac al llegar
(tristeza, enredadera, eterna, tac
espera, escalera, espacio, tac
sueño, intento, ya quiero, tac)
¡Y ni ese desprendimiento
hace que tarde menos en brotar!
Siempre soy un millón de años de siesta
y solo un segundo para mirar,
y despierta saber que tengo que soltar,
lo que me aprisiona, lo que me hace mal;
y despierta en ese segundo recordar,
como soy cuando creo y me creo bien,
y ahí, no antes, puede ser después,
me encuentro con mis sueños,
ellos me dan risa y quiero abrazarlos a todos
darles pan para que fuertes crezcan
darles mi alma para que solo amanezcan
darles besos para que siempre se atrevan
darles mi sangre para que hermosos florezcan
y encontrarse con mi realidad ya puedan,
que solo a veces, pero justo ahora,
está abierta y ya quiere
por cada uno, y todos ellos,
llenarse y dejarse abrazar.
Andrea Mineko
04 de noviembre de 2010
Sonido de fondo: “toda la mañana” pez
http://lovelymineko.blogspot.com/
y la noche se aprovecha de eso
para hacerse la profunda,
y decirme que en ella todo se termina,
que adentro y afuera es eterna,
que ya no hay mas sol, ni mas paz,
y tampoco mas guerra.
Y no se si creerle;
Por eso le pregunte al cielo si era verdad
y él tampoco sabe si es cierto,
por eso se desespera y se precipita al suelo
con palabras que hacen un tac al llegar
(tristeza, enredadera, eterna, tac
espera, escalera, espacio, tac
sueño, intento, ya quiero, tac)
¡Y ni ese desprendimiento
hace que tarde menos en brotar!
Siempre soy un millón de años de siesta
y solo un segundo para mirar,
y despierta saber que tengo que soltar,
lo que me aprisiona, lo que me hace mal;
y despierta en ese segundo recordar,
como soy cuando creo y me creo bien,
y ahí, no antes, puede ser después,
me encuentro con mis sueños,
ellos me dan risa y quiero abrazarlos a todos
darles pan para que fuertes crezcan
darles mi alma para que solo amanezcan
darles besos para que siempre se atrevan
darles mi sangre para que hermosos florezcan
y encontrarse con mi realidad ya puedan,
que solo a veces, pero justo ahora,
está abierta y ya quiere
por cada uno, y todos ellos,
llenarse y dejarse abrazar.
Andrea Mineko
04 de noviembre de 2010
Sonido de fondo: “toda la mañana” pez
http://lovelymineko.blogspot.com/
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)