sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Esses gritos
tão maditos
esses sonhos
tão medonhos
são parte de
uma poesia vadia
que plantei
no meu jardim
e rego
com lágrimas
que saem de mim


Cláudio Bettega (12/06/71 - 06/10/2010)

http://www.claudiobettegaemcena.blogger.com.br/

http://www.claudiobettegaemcena.blogspot.com/

2 comentários:

Tullio Stefan disse...

Aos 39 anos morreu Dylan Thomas; aos 37 Rimbaud; aos 39 o Cláudio Bettega; três décadas temos para rejuvenescer os 40 anos de Mário de Andrade ''Que eu me sinto completo/ e além da sorte,/
Me agarrar a esta vida fementida.'' E assim regarmos nossos jardins c/ as lágrimas de algum poema marcado no fugidio, sonhar o medonho e transmutar o medonho na mais bela das vadiagens.
Até amanhã!você poeta que morre! Sem a morte não seriamos tão vivos.
Até amanhã! você que é vivo e é verso...

T.S.

rodrigo madeira disse...

até amanha!
vai fazer muita falta esta
figura onipresente nos eventos literários de ctba, alguém que amava a arte poética como poucos em nossa cidade.
um desses poetas franciscanos, cujo amor desinteressado à poesia estava acima de qualquer vaidade...

deixa ecoando:
"altero o ego do meu outro eu..."

rodrigo e luciana
(desde santiago)