domingo, 31 de outubro de 2010

Bouquet

Tudo. Saindo boca afora. Todo seu poder de alienação, qualquer palavra que a boca não diga. Qualquer vibração pra dentro, os ossos sentindo o que a garganta doída engole. E mais por dentro, só aquela capacidade de mascarar o intratável e dilacerado ego: indiferença.


Não. Eu deveria dizer, como naquele movimento rápido que ‘não’ é sempre a personificação de Nice. Como verdades enviesadas por mil línguas que sempre culminarão o amor das salas de estar. Talvez não, eu ainda assim, diria algo. Porque não dizer que o que ele me dizia, lá no fundo e ao fundo, preenchendo todos os espaços vazios, nunca foram nada, além de ambientação.


Juliana Vallim

Nenhum comentário: