terça-feira, 30 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Arcabouço
Só com você, meu amor, clarão do dia.
Bebi caldo da vida, mar salgado.
Silêncio vaporoso,
Estrelas desabam à deriva.
Falo diante da lua
Astro central, rebeldia.
Sacramentar o fogo,
O encantamento dos peixes livres
Soltando o eco murmurar das conchas.
Elemento marinho, esboço aquatinta
Seu corpo másculo, signo vibrante
Dança frenética ondulante
Desenho noturno intimista.
Angela Gomes
Bebi caldo da vida, mar salgado.
Silêncio vaporoso,
Estrelas desabam à deriva.
Falo diante da lua
Astro central, rebeldia.
Sacramentar o fogo,
O encantamento dos peixes livres
Soltando o eco murmurar das conchas.
Elemento marinho, esboço aquatinta
Seu corpo másculo, signo vibrante
Dança frenética ondulante
Desenho noturno intimista.
Angela Gomes
kypling
o ato sexual é no tempo o que o tigre é no espaço
georges bataille
pernas abertas num ângulo
de asa avulsa de um arcanjo.
no intermeio a pentelheira
cuja flor é licoreira
– o gineceu como um grilo
que, gritinhos por estrídulo,
de corolas dissolvidas,
decanta o néctar-saliva –
que convida ao fundo bosque
onde um triste tigre morre.
Rodrigo Madeira
georges bataille
pernas abertas num ângulo
de asa avulsa de um arcanjo.
no intermeio a pentelheira
cuja flor é licoreira
– o gineceu como um grilo
que, gritinhos por estrídulo,
de corolas dissolvidas,
decanta o néctar-saliva –
que convida ao fundo bosque
onde um triste tigre morre.
Rodrigo Madeira
Sísifo de algodón
Troya fue la primera vagina que se transmutó en ciudad y Yo el general fracasado que la perdió. Abrí la ciudadela de carne y my little pony se convirtió en yegua viciosa que ensanchó el sacro agujero al que entregué mi devoción.
Para expiar mis culpas, me volví Ixión El Pajero. Con mi dolor engendré monstruos sabios, pese a ello, sigo llorando por el semen ajeno que me persigue con la ferocidad de un jinete escita.
He vuelto a escapar, pero mis brazos cargan con la prostituida arqueología de Alejandría, como un Sísifo de algodón que lucha en vano contra la piedra que lo condena.
Fernando Escobar Páez
http://missoginia.wordpress.com/
domingo, 28 de março de 2010
Sentido
Se te amo
Não sintas orgulho.
Amo por amar
Não há bondade nisso
Nem tampouco maldade.
Se te xingo
Não sintas raiva.
Xingo por desequilíbrio,
Não há coerência nisso,
Nem tampouco motivo.
A projeção da vida pessoal,
Fraquezas e misérias
Refletem-se nos sentimentos
E firmam-se nas palavras.
Compromissos
Que em nada
Tem a ver contigo.
Deisi Perin
aedoscuritibanos
Não sintas orgulho.
Amo por amar
Não há bondade nisso
Nem tampouco maldade.
Se te xingo
Não sintas raiva.
Xingo por desequilíbrio,
Não há coerência nisso,
Nem tampouco motivo.
A projeção da vida pessoal,
Fraquezas e misérias
Refletem-se nos sentimentos
E firmam-se nas palavras.
Compromissos
Que em nada
Tem a ver contigo.
Deisi Perin
aedoscuritibanos
Tímida Babilônia
Onde Curitiba esconde
o marfim de seus
mortos?
Nas intransigentes ruas
sem saída?
No copos sem alma
de sua nobre boemia?
Na maquiagem que livrará
sua cara
desumanizada?
Ou no sorriso banguela
da sua
Boca inchada?
Pervertida e dissimulada
a polaquinha rebola na XV,
uma piscadela para o estrangeiro
capital.
O porta malas infernal
indica o lugar
do POVO.
Piás vestidos de papel e alumínio,
sem esmola e sem futuro,
cruzam com madames poodle que
cintilam no escuro.
Tímida Babilônia que tenta
livrar-se do tédio;
plano piloto por sobre
cemitério
É no km 65 da Serra do Mar
que ainda sangra
a autonomia da curitibranda,
nossa inexpressividade
nacional
O banzo da província
cedeu ao underground
xintoísta? Ou está
injetado nas estações
tubo?
Curitiba digere
àquele que nela se perde
O elefante de pelúcia
moribundo, caminha
vinte e quatro quadros
por segundo.
Ricardo Pozzo
o marfim de seus
mortos?
Nas intransigentes ruas
sem saída?
No copos sem alma
de sua nobre boemia?
Na maquiagem que livrará
sua cara
desumanizada?
Ou no sorriso banguela
da sua
Boca inchada?
Pervertida e dissimulada
a polaquinha rebola na XV,
uma piscadela para o estrangeiro
capital.
O porta malas infernal
indica o lugar
do POVO.
Piás vestidos de papel e alumínio,
sem esmola e sem futuro,
cruzam com madames poodle que
cintilam no escuro.
Tímida Babilônia que tenta
livrar-se do tédio;
plano piloto por sobre
cemitério
É no km 65 da Serra do Mar
que ainda sangra
a autonomia da curitibranda,
nossa inexpressividade
nacional
O banzo da província
cedeu ao underground
xintoísta? Ou está
injetado nas estações
tubo?
Curitiba digere
àquele que nela se perde
O elefante de pelúcia
moribundo, caminha
vinte e quatro quadros
por segundo.
Ricardo Pozzo
sábado, 27 de março de 2010
Escrito
"La ciudad es hermosa en febrero y marzo: las jacarandas enloquecen y se visten de violeta; los vientos llegan del sur y alborotan todo: las faldas, las cabelleras largas, las distraídas hojas otoñales que se aferraron a su árbol, la basura, las hormonas (es un deleite mirar a las parejas magreando en todas partes). El primuláceo aire cálido seca y transforma en polvo: la mierda de las calles, la nostalgia y el enojo. En esta caniculácea danza de viento y transparencia habría que extender los brazos, inhalar profundamente, abrir los ojos, soltar cuerpo, desanudar el alma y volver a ser oxígeno, nitrógeno, agua y ácido carbónico."
Gabriela Guzmán
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Alice do Tim com o Depp
Baixei a Alice do Tim com o Depp
e queimei um CD lá na casa do splif ---
aí chamei a tina, o cuca e o zof
pra darmos um chego no apê do puf ---
vimos o bagulho e fritamos um bife:
agora não vai mais faltar assunto...
Plict! Crás! Tum! Pou! Soc!
Sem tamiflu tamo tudo junto!
Ivan Justen
e queimei um CD lá na casa do splif ---
aí chamei a tina, o cuca e o zof
pra darmos um chego no apê do puf ---
vimos o bagulho e fritamos um bife:
agora não vai mais faltar assunto...
Plict! Crás! Tum! Pou! Soc!
Sem tamiflu tamo tudo junto!
Ivan Justen
terça-feira, 23 de março de 2010
Informes Poeteias
Susan Blum convida :
Curso de criação literária no CELIN
terças à noite.
Ministradas pela Doutora Susan Blum Pessoa
celin da XV...
A Inscrição é no local.
Curso de criação literária no CELIN
terças à noite.
Ministradas pela Doutora Susan Blum Pessoa
celin da XV...
A Inscrição é no local.
domingo, 21 de março de 2010
Pocas Respuestas, Pocas Palabras
Tengo un pequeño problema. No puedo dormir, no quiero dormir porque sé que mis sueños me dirán la verdad. No sé si quiera que me digan que no tengo veinte años, que no soy hija de mis padres, que no me llamo Ana y que ya no estás aquí.
Tengo un nuevo día asomándose por la ventana, esta luz me recuerda el sueño aquel. Sueño que no viví ni en mi casa, ni en mi cama. Ese sueño contigo nadie más me lo va a dar. Y si me vuelvo a dormir tampoco lo tendré. Y aunque este despierta no lo olvidaré.
María Fernanda Núñez Sarmiento
http://lentocamino.blogspot.com/
Palavra – Palavra – Palavra
No início era o verbo,
que exprime ação,
sentimento,
estado
e fenômenos da natureza.
O poder é infinito.
Não interessa em que língua,
palavra é poder.
Semente que crescerá.
Ou nos liberta.
Ou nos escraviza.
Deisi Perin
aedoscurtibanos
que exprime ação,
sentimento,
estado
e fenômenos da natureza.
O poder é infinito.
Não interessa em que língua,
palavra é poder.
Semente que crescerá.
Ou nos liberta.
Ou nos escraviza.
Deisi Perin
aedoscurtibanos
sábado, 20 de março de 2010
Na primeira vez em que ela choveu por aqui
– o essenfelder emanava do rádio cansado da tarde –, toda angorá, com sua saia, suas coxas, fui às casas Bahia: levar o dedo através do pó dos móveis. O dia morreu nela.
Na segunda em que ela aqui apareceu, toda suja de Manuel Bandeira, eu bebia um copo de graxa com o prefeito.
À terceira vez ela entrou no mar. À noite sonhei com generais que ardiam na fogueira.
Everton Freitag
sexta-feira, 19 de março de 2010
Ok, Eu faço!
Os caras chegaram pra me cobrar. Eu não tinha a grana.
Então pague com serviço, disse um deles.
Que tipo de serviço?, eu quis saber.
Apague o Ramón pra gente.
E se eu não fizer?, provoquei.
Aí quem vira presunto é você, apontou uma arma pra mim.
O.K., eu faço, me resignei e completei, Só tem um problema.
Qual?, quis saber o Feioso.
Eu não tenho uma arma, respondi.
Púlia, dá uma arma pro rapaz.
Púlia me deu uma arma.
Está carregada?, perguntei.
Claro que está carregada.
Então dei dois tiros. Um no pescoço do Púlia, e outro na fuça do Feioso.
Luiz Felipe Leprevost
Então pague com serviço, disse um deles.
Que tipo de serviço?, eu quis saber.
Apague o Ramón pra gente.
E se eu não fizer?, provoquei.
Aí quem vira presunto é você, apontou uma arma pra mim.
O.K., eu faço, me resignei e completei, Só tem um problema.
Qual?, quis saber o Feioso.
Eu não tenho uma arma, respondi.
Púlia, dá uma arma pro rapaz.
Púlia me deu uma arma.
Está carregada?, perguntei.
Claro que está carregada.
Então dei dois tiros. Um no pescoço do Púlia, e outro na fuça do Feioso.
Luiz Felipe Leprevost
segunda-feira, 15 de março de 2010
Efemeridade
Espera e descansa
Os degraus da vida
ensinam...
Não se pode deixar de subir
nem sequer retroceder.
A vida é bela!
Tanto quanto o humor.
Realidades à parte
Felicidade é efêmera flor.
Deisi Perin
Os degraus da vida
ensinam...
Não se pode deixar de subir
nem sequer retroceder.
A vida é bela!
Tanto quanto o humor.
Realidades à parte
Felicidade é efêmera flor.
Deisi Perin
segunda-feira, 8 de março de 2010
Autoepitáfio
Mal poeta apaixonado pela lua,
não teve mais fortuna que o espanto;
e foi suficiente pois não sendo santo
sabia que a vida é risco ou abstinência,
que toda grande ambição é grande demência
e que o mais sórdido horror tem seu encanto.
Viveu para viver que é ver a morte
como algo cotidiano diante do qual posicionamos
um corpo esplêndido ou toda nossa sorte.
Soube que o melhor é aquilo que deixamos
– precisamente porque nos vamos.
Todo o cotidiano resulta aborrecido,
só há um lugar para viver, o impossível.
Conheceu a prisão, o ostracismo,
o exílio, as múltiplas ofensas
típicas da vileza de um irmão, de uma irmã;
mas sempre o escoltou certo estoicismo
que o ajudou a caminhar por cordas tensas
ou desfrutar o esplendor de uma manhã.
E quando já cambaleava surgia uma janela
pela qual se lançava ao infinito.
Não quis cerimônia, discurso, pena ou grito,
nem um túmulo de areia onde deitar o esqueleto
(nem depois de morto ele quis viver quieto).
Ordenou que suas cinzas fossem lançadas ao mar
onde haverão de fluir constantemente.
Não perdeu o costume de sonhar:
espera que em suas águas mergulhe algum adolescente.
Reinaldo Arenas (1943-1990)*
trad. rodrigo madeira (em homenagem a Lula, Josef Dirceu etc – “et caterva”. A todos os que engraxam, com a baba bovina da retórica, as botas do Fidel).
*Reinaldo Arenas, poeta cubano. Lutou ao lado dos revolucionários contra a ditadura de Fulgêncio Batista. Homossexual assumido, mais tarde foi perseguido pela ditadura castrista e enviado a um campo de reeducação da UMAP, Unidad Militar de Ayuda à la Producción (sic), centro de readaptação sexual e social para cidadãos de “conduta imprópria”. Foi proibido de publicar (a livre-expressão era sinônimo de contra-revolução). Viveu clandestinamente em seu país até exilar-se nos EUA, onde se tornou sucesso de público e crítica. Em 1990, contaminado pela AIDS – quando esta doença tinha a reputação da peste bubônica entre os medievais -, suicidou-se. Dez anos depois sua autobiografia, “Antes que anoiteça”, foi adaptada para o cinema, estrelando Javier Barden, e venceu o Festival de Veneza.
ps – não sei qual exatamente o recorte histórico-ideológico adotado pela recente exposição de poetas latino-americanos na BPP, mas senti imensamente a falta de Reinaldo... domingo, 7 de março de 2010
Informes Poeteias
A (re)significação da Música no Paraná
Dia 11
GT organização estratégica do FPM-PR – Ação em rede.
Franco Bistrô
Augusto Stellfeld, 392, esquina com Alameda Cabral. Centro.
17h as 22h.
Dia 12
Palestra "A música no Paraná, contextos e (re)significação - memória, identidades, pesquisa acadêmica, política e campo de trabalho". Elisabeth Seraphin Prosser (Embap); Manoel J de Souza Neto (Musin/FPM-PR); Mediação Mauricio Dottori (Coordenador Deartes UFPR)
Deartes Ufpr
Rua Cel Dulcídio 638, Batel.
Sala 107 (auditório), às 15:30
Dia 13
Ato: Música no Paraná no projeto Acústico Mundo Livre
Show: Wahari, Waltel Branco (e amigos)
Praça Espanha (Farol do Saber Miguel de Cervantes)
Rua Carlos de Carvalho com Coronel Dulcidio (Batel Soho)
16h
*Após os shows: Bate Papo “Qual é o seu papel na música local?”
Dia 14
Almoço de lideranças
(informações a confirmar)
Dia 15
Eleições do Fórum Permanente de Música do Paraná
Biblioteca Pública do Paraná - Rua Candido Lopes, 133.
17h00
Informações:
forumdemusica@gmail.com
http://twitter.com/forumdemusica
http://www.forumdemusica.blogspot.com/
http://groups.google.com.br/group/fpm-pr
Dia 11
GT organização estratégica do FPM-PR – Ação em rede.
Franco Bistrô
Augusto Stellfeld, 392, esquina com Alameda Cabral. Centro.
17h as 22h.
Dia 12
Palestra "A música no Paraná, contextos e (re)significação - memória, identidades, pesquisa acadêmica, política e campo de trabalho". Elisabeth Seraphin Prosser (Embap); Manoel J de Souza Neto (Musin/FPM-PR); Mediação Mauricio Dottori (Coordenador Deartes UFPR)
Deartes Ufpr
Rua Cel Dulcídio 638, Batel.
Sala 107 (auditório), às 15:30
Dia 13
Ato: Música no Paraná no projeto Acústico Mundo Livre
Show: Wahari, Waltel Branco (e amigos)
Praça Espanha (Farol do Saber Miguel de Cervantes)
Rua Carlos de Carvalho com Coronel Dulcidio (Batel Soho)
16h
*Após os shows: Bate Papo “Qual é o seu papel na música local?”
Dia 14
Almoço de lideranças
(informações a confirmar)
Dia 15
Eleições do Fórum Permanente de Música do Paraná
Biblioteca Pública do Paraná - Rua Candido Lopes, 133.
17h00
Informações:
forumdemusica@gmail.com
http://twitter.com/forumdemusica
http://www.forumdemusica.blogspot.com/
http://groups.google.com.br/group/fpm-pr
sábado, 6 de março de 2010
Informes Poeteias
Alexandre França convida para a temporada do espetáculo "Gina" no Festival de Curitiba! Será no teatro da caixa nos dias 23, 24, 25 e 26 em diversos horários (conferir os horários logo abaixo). Conto com a presença de todos. Se puderem, divulguem para os amigos.
Sobre a peça:
Gina, uma senhora no auge de seus cinquenta anos, se apaixona pelos namorados da filha de vinte, e, por meio deste sentimento, acaba construindo universos imaginários, onde as relações humanas adquirem um aspecto distorcido.
COM MAIA PIVA
TEXTO E DIREÇÃO: ALEXANDRE FRANÇA
23/03 ás 15:00 • 24/03 ás 21:00
25/03 ás 18:00 • 26/03 ás 21:00
teatro da caixa
ingressos:
R$ 10,00 (inteira)
R$ 5,00 (meia entrada)
Sobre a peça:
Gina, uma senhora no auge de seus cinquenta anos, se apaixona pelos namorados da filha de vinte, e, por meio deste sentimento, acaba construindo universos imaginários, onde as relações humanas adquirem um aspecto distorcido.
COM MAIA PIVA
TEXTO E DIREÇÃO: ALEXANDRE FRANÇA
23/03 ás 15:00 • 24/03 ás 21:00
25/03 ás 18:00 • 26/03 ás 21:00
teatro da caixa
ingressos:
R$ 10,00 (inteira)
R$ 5,00 (meia entrada)
quinta-feira, 4 de março de 2010
Com Sol ou Não
Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!
(Eclesiastes 1,2)
Deisi Perin
(Eclesiastes 1,2)
Com sol ou não, com ou sem calor é delicioso andar no Parque Barigui. Pela manhã, à tarde, ao final do dia. Tênis de marca, sem marcas, novo ou velho. Manga comprida ou top. Calça larga, agarradinha, calção. Óculos, boné. Solitariamente ou matraqueando em dupla. Fones de ouvido. Pela saúde, pelo corpo, ou só por vontade própria. Tudo é válido e é bom.
Hoje, como toda terça-feira, saí do consultório após levar as agulhadas de toda semana olhando para céu ver se a chuva viria logo. Estava nublado como muitos dias, estava com cara de chuva como muitos dias, e eu esquecera meus óculos, coisa inédita. De boné, leg, camiseta e colete, para caso chovesse e também para levar meu mp3, iniciei minha caminhada. Caminho pela saúde, preciso melhorar meu colesterol e fazer despencar meus triglicerídeos. Caminho para ver minha silhueta diminuir. E caminho por puro prazer de observar a vida me levar. Sou uma observante!
E como sempre, vou caminhando e cantando e seguindo andando, observando os vira-latas do Parque correndo atrás das pacas, as crianças dando migalhas de pão aos gansos e as pombas tentando abocanhar algumas, sem serem percebidas.
E hoje vi algo bem de longe que me chamou a atenção. Uma águia pequena? Nunca vi por ali. Parada, observante altiva e imponente, olhando a tudo por cima de seu pequeno ombro. Desvio mais à direita possível, desligo o mp3, fixo a vista e caminho mais rápido. Algo nela não está certo, não só por ser pequena. Torço para que não voe, e vou chegando cada vez mais perto.
Ela ali está! Olhando gansos, migalhas, crianças, transeuntes com sua cabeça virada. Mas que safada! Quase nem acredito, uma mísera pomba malhada metida à águia. Em sua vaidade de ser tão nobre ave, abre mão até da comida fácil. Quase perguntei a ela: Você não tem espelho não?
Deisi Perin
quarta-feira, 3 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
INSPIRANDO-ME NUM HIPOTÉTICO FUTURO TURISMO LÍTERO-POÉTICO, QUANDO PEREGRINOS DE TODAS AS PLAGAS DA GALÁXIA VIRIAM (VIRÃO?) A CURITIBA PARA CONHECER A TERRA EM QUE PONTIFICARAM MARCOS PRADO, DALTON TREVISAN, PAULO LEMINSKI, DARIO VELLOZO, EMILIANO PERNETA ET CATERVA (SEM ESQUECER AS DAMAS, HELENA KOLODY À FRENTE DAS MOCINHAS DA CIDADE...), E TAMBÉM DIANTE DAS ABSOLUTAS REVELAÇÕES EPIFÂNICAS QUE TIVE EM NOSSO CARNAVALZINHO MULTITUDINÁRIO DOS GARIBALDIS & SACIS (AOS DOMINGOS DE JANEIRO E FEVEREIRO NO LARGO DA ORDEM) E NA GALANTÍSSIMA FESTA POPULAR (A QUADRA CULTURAL) NA RUA PAULA GOMES, NO DIA 20/02/2010, QUANDO, PARA CELEBRAR A MEMÓRIA DE PENA BRANCA, O MUI BATUTA "MAGRÃO" ARLINDO VENTURA ORQUESTROU INSOFISMÁVEIS E ESMERADOS ARTISTAS – ESPINHO DA ROSEIRA, FABIO ELIAS, GENTE BOA DA MELHOR QUALIDADE, LAMARÃO & A BANDA DE UM DIA, ÍRIA BRAGA & MULUNGU, PAULINHO CATARINENSE & VIOLEIROS DA CANJA DE VIOLA, O POETA PAULO BEARZOTI FILHO, O ATOR E CINEASTA JOTA ÊME (OU MELHOR, ROBERTO CARLOS), OS VIOLONISTAS ARNALDO FREITAS & RAFAEL SCHIMIDT, VIOLA QUEBRADA, IRMÃS GALVÃO – AOS QUAIS HOMENAGEIO TODOS NA PESSOA DE MEU XARÁ IVAN GRACIANO, PROGÊNIE DE BELARMINO & GABRIELA –, ENFIM, INSPIRANDO-ME EM TODOS ESSES E TUDO ISSO, EU, IVAN JUSTEN SANTANA, CURITIBANO, ESCREVO OS SEGUINTES VERSOS DE CONVITE UNIVERSAL A ESTA CIDADE DE CURITIBA (versos mimicrizados em estilo e modos do poeta SÉRGIO VIRALOBOS)
Vocês querem Prado?
Velho Dalton? Lema? Dario não?
De artistas que tais assim há necessidade?
Não dou nem um dado:
Passo logo uma procuração:
Distribuo o molho de chaves da cidade:
Usem com cuidado,
Apreciem com moderação,
E saboreiem com responsabilidade...
Ivan Justen Santana
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