segunda-feira, 18 de maio de 2015

As chamas estavam devorando a casa enquanto a madeira estalava
na fumaça subiam as sombras das vidas testemunhadas pelas paredes
nos olhos dos espelhos ou nas pálpebras das janelas da casa em chamas
a porta deitada no chão sentia o olor dos passos da memória dançando sobre si
A casa virou nuvem e choveu cinzas sobre as rosas dos túmulos
brotou da choupana um palácio feito de cinzas dos dias de ouro nos sonhos
da criança que morreu dormindo.


Wilson Roberto Nogueira

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