domingo, 24 de novembro de 2013
exercícios banais 2
a mosca pousou sobre o rosto
de um homem já morto. nem o morto
nem a mosca sabem – como nós sabemos,
e como! – que o homem está morto.
nem o morto nem a mosca sabem
o que é a morte, o que é a vida,
o que é o homem, o que é a mosca.
dormem as moscas? onde dormem e o que sonham?
não é fácil entender uma mosca,
seu motor antiquíssimo, seu terrível
hálito sem cheiro, a febrícula, a alegria maníaca
diante dos restos.
não é fácil entender, enquanto se vela,
a mosca que voa
do rosto baldio, a mesma que pousa
em cima deste canapé.
Rodrigo Madeira, do livro O Latim das Moscas, ainda inédito
de um homem já morto. nem o morto
nem a mosca sabem – como nós sabemos,
e como! – que o homem está morto.
nem o morto nem a mosca sabem
o que é a morte, o que é a vida,
o que é o homem, o que é a mosca.
dormem as moscas? onde dormem e o que sonham?
não é fácil entender uma mosca,
seu motor antiquíssimo, seu terrível
hálito sem cheiro, a febrícula, a alegria maníaca
diante dos restos.
não é fácil entender, enquanto se vela,
a mosca que voa
do rosto baldio, a mesma que pousa
em cima deste canapé.
Rodrigo Madeira, do livro O Latim das Moscas, ainda inédito
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Notas para um Tractatus Lógico -Teológicus em construção:
1. o Real é o Todo que existe.
2. múltiplas são as Verdades, mas cada Verdade para ser, tem como ponto de origem o único Real.
3. igual ao Universo, o Real é Finito, mas Ilimitado.
4.a Realidade não é uma construção individual.
Ricardo Pozzo
2. múltiplas são as Verdades, mas cada Verdade para ser, tem como ponto de origem o único Real.
3. igual ao Universo, o Real é Finito, mas Ilimitado.
4.a Realidade não é uma construção individual.
Ricardo Pozzo
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
O sofrimento, a sombra escura e inquilina do inconsciente tem medo da luz do consciente. Teme ser descoberto. Sobrevive do medo de descortiná-lo dentro de nós mesmos. E enquanto não conhecermos nossa essência vamos acumulando, alimentando e mantendo energias negativas dentro e em torno de nós.
Sentimentos de infelicidade, irritação, impaciência, desejo de ferir-se ou aos outros, raiva, ira, depressão, até mesmo a necessidade de causar problemas e, também o poético e chique ar sorumbático e sombrio dos excêntricos são sofrimentos que ocupam a mente e o corpo causando doenças.
Sofrimento se alimenta de sofrimento e nos domina a ponto de desejá-lo cada vez mais e espalhá-lo.
A consciência deseja ser feliz, mas essa energia negativa insiste em manter a insanidade do sofrimento.
É uma ilusão e não há como lutar. E nem precisamos.
Olhar para si, enxergar-se é acender a luz e iluminar a energia vital dando-lhe outro padrão.
A consciência de reconhecer-se, abrindo os olhos e a mente destrói a infelicidade e o sofrimento.
Deisi Perin
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