Quando teu Ginsberg de bolso
pulou do oitavo andar
para ensinar-te as lições do desapego
você
por desapego à vida (e não ao livro)
pulou também.
Aberto sobre o teu livro aberto
tipologia sanguínea
escorrendo entre os paralelepípedos
lirismos vermelhos surpreendendo
os rostos dos passantes
que arregalavam os olhos
mas tiravam fotos da tua anatomia sincera
teu corpo mais corpo do que nunca.
Se você pudesse ver de fora
não acreditaria na quantidade de sangue
que te irrigava as idéias
que te alimentava
sorriria levando as mãos à boca
depois aos ouvidos
quando chegasse a ambulância de altíssima sirene.
Camila Vardarac
quarta-feira, 18 de março de 2009
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2 comentários:
ótimo poema!
mt, mt bom!
parabéns!
rodrigo madeira
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