terça-feira, 3 de junho de 2008

Terra do Sempre

Se digo-te tantas e
tantas vezes:
- Veja! Eu te vejo!
E repondes que não compreendes,
Ato simétrico ao rito
em que te negas a minha frente.

Eu;
com minh´alma rente a tua
e ao mundo todo
a nos consumir no entorno
de Ser/ Star Aqui,
ênclise do elixir
em caravana certa

Segue desperto

o Sol erétil,
no tule tenro
do Céu.

Ricardo Pozzo

6 comentários:

Tullio Stefan disse...

Grande Ricardo Pozzo!!!!! Digo sempre que a reação ante a mais bela das poesias é um estar atônito,uma falta de palavra,falta a palavra porque houve a plenitude do encontro necessário,todas as palavras parecem se somarem num clarão e se orquestrarem numa música focal do inaudito.
Digo sempre também que a mais bela das luzes é o reflexo,por isso preciso tanto dos poetas.
Valeu cara,por me premiar com este momento.
Tullio Stefano

Tullio Stefan disse...

o ênclise da vida trouxe neste poema uma voz telurica de verdade;o perplexo solar encanto dos que sobem nos degraus notívagos do despertar,para conhecerem o sono do céu sonhado em cosmos;voz telurica na imensidade de se poder dizer: sempre aqui,aqui,aqui na terra!!!
T.S.

Giuliano Gimenez disse...

assim
1/2
que você me deixa dividido:
sua poesia
ou sua fotografia?

Anônimo disse...

Ricardo,
com teus versos arrancaste de mim todo mel e todo fel, expondo-me a mim mesma.

"É alguém" - fiquei a murmurar - "que bate à porta devagar;
sim, é só isso e nada mais."
A.P.
Vejo-o teu par.
Assim te reverencio.

E a quem esses versos tenham sido destinados, que não se cale.
Diga que, enfim, compreende.

Anônimo disse...

Faço minhas as palavras trakliano Túlio ...sigo o relator!
Parabéns nobre colega !

Anônimo disse...

Valeu pelo elogio no blog do Giu! = /
Sinceramente, arrematar citando um Akira, foi bem melhor do que eu esperava.
Muita coisa realmente interessante por aqui.
Abraço,
Rodrigo.