quarta-feira, 30 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
manuel do barro
● caramujo:
observeio
por duas horas
a fio.
se se moveu,
(o pequeníssimo mundo
sobre as costas)
foi um nada
de milímetros.
ficou ali,
(de)colado,
sobvoando.
pousou-se
na lata enferrujada
da copa de um rio.
***
apenas isso
e se compõe um ballet
para pedras e caramujo.
Rodrigo Madeira
observeio
por duas horas
a fio.
se se moveu,
(o pequeníssimo mundo
sobre as costas)
foi um nada
de milímetros.
ficou ali,
(de)colado,
sobvoando.
pousou-se
na lata enferrujada
da copa de um rio.
***
apenas isso
e se compõe um ballet
para pedras e caramujo.
Rodrigo Madeira
quarta-feira, 23 de junho de 2010
hunos
como sou autor e gosto de tontarias,
como nada o obriga, ó cioso leitor,
a me emprestar seus olhos e tudo
pode vir a ser um jogo
de ombros, muxoxo, fechar de livro,
decido me arriscar nestes e noutros
instantes precários (escadas de vertigem).
suponha que haja
enxames de segundos,
que seja a nascença do seguinte
a morte de um segundo na corrente ininterrupta...
suponha um enxame de segundos
(vivo e mortos, mas somados)
no favo melífluo de uma hora; agora
suponha que dos favos colaborados
tenhamos a abstrata colmeia, o dia,
um único e precioso dia.
tudo pra que eu ou você, com um cajado,
cutuquemos e deitemos por terra.
tudo pra que eu ou você arranquemos
nacos, lambamos e deixemos o resto
atrás da horda de dedos e dentes, largados
e depois voltemos, no último ônibus da última linha,
para os arrabaldes.
Rodrigo Madeira
como nada o obriga, ó cioso leitor,
a me emprestar seus olhos e tudo
pode vir a ser um jogo
de ombros, muxoxo, fechar de livro,
decido me arriscar nestes e noutros
instantes precários (escadas de vertigem).
suponha que haja
enxames de segundos,
que seja a nascença do seguinte
a morte de um segundo na corrente ininterrupta...
suponha um enxame de segundos
(vivo e mortos, mas somados)
no favo melífluo de uma hora; agora
suponha que dos favos colaborados
tenhamos a abstrata colmeia, o dia,
um único e precioso dia.
tudo pra que eu ou você, com um cajado,
cutuquemos e deitemos por terra.
tudo pra que eu ou você arranquemos
nacos, lambamos e deixemos o resto
atrás da horda de dedos e dentes, largados
e depois voltemos, no último ônibus da última linha,
para os arrabaldes.
Rodrigo Madeira
sábado, 19 de junho de 2010
Recanto dos Quânticos
Do alto
De minha baixa
Estatura
Me curvo
Diante do universo
E sua curvatura
O átomo
É uma galáxia
Em miniatura
Chico "Capetão" Cardoso e Édson "Aranha" de Vulcanis
De minha baixa
Estatura
Me curvo
Diante do universo
E sua curvatura
O átomo
É uma galáxia
Em miniatura
Chico "Capetão" Cardoso e Édson "Aranha" de Vulcanis
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
A V E N I D A S
avenidas andam
quando eu passo
a passo me refaço
a medir o espanto
a ocupar
e s
p a ç o
Yury Miyamura
quando eu passo
a passo me refaço
a medir o espanto
a ocupar
e s
p a ç o
Yury Miyamura
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Rascunho de Vida
Eu quero que você me esqueça
Mas não deixe de mandar
Uma lembrança, uma certeza
E você tem que me largar
Mas antes disso ponha a mesa
E esteja pronta pro jantar
Se é tudo tão estranho
Eu prefiro esse ganho
E aos poucos te perder
Caminhar lento à morte
Achar que tenho sorte
Se o acaso ainda vencer
Yury Miyamura
Mas não deixe de mandar
Uma lembrança, uma certeza
E você tem que me largar
Mas antes disso ponha a mesa
E esteja pronta pro jantar
Se é tudo tão estranho
Eu prefiro esse ganho
E aos poucos te perder
Caminhar lento à morte
Achar que tenho sorte
Se o acaso ainda vencer
Yury Miyamura
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Davi e Golias
Descendo do ônibus, a avó suspende a criança pelo braço como se suas juntas fossem de borracha
Ato seguido por um sonoro: "Aiiiiii!", e um franzir de sobrancelhas do pequeno ser suspenso.
Chegando ao chão a mãe diz: "Tá vendo porquê ela apanha?"
Moral da história: ser criança é estar à mercê de qualquer trairagem
Ricardo Pozzo
Ato seguido por um sonoro: "Aiiiiii!", e um franzir de sobrancelhas do pequeno ser suspenso.
Chegando ao chão a mãe diz: "Tá vendo porquê ela apanha?"
Moral da história: ser criança é estar à mercê de qualquer trairagem
Ricardo Pozzo
domingo, 13 de junho de 2010
Espero...
Espero...
o que não vem.
De longe quero
o que de perto escondo.
Sentimento doído,
grito calado.
Ausência.
Só sofre
quem por amor
(ou sem ele)
morreria.
Deisi Perin
http://www.aedoscuritibanos.blogspot.com/
o que não vem.
De longe quero
o que de perto escondo.
Sentimento doído,
grito calado.
Ausência.
Só sofre
quem por amor
(ou sem ele)
morreria.
Deisi Perin
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