I
não sei (mais) o que é melhor
quanto mais envelheço,
tudo mais relativo fica...
II
já abri mão
de uma morte morna
daquelas feitas pra durar
uma vida inteira
III
e já senti
o abraço arrebatador
de mortes que me valeram
a vida eterna
IV
e la nave va...
sem tese
perdi a (antí)tese
no escuro da noite
sem dia(lética)
sobrou-me uma síntese sintética
na fórmula de um lexotan
V
morte da vida eterna,
reapareça!
traga uma garrafa de vinho:
balaco(baco) amalfitano
(e) ne me quitte pas!
(pelo menos por uns tempos)
VI
enquanto isso,
vou namorando a mim mesma...
me absolutizando, me estilhaçando
ANA VALÉRIA SESSA / RAUL POUGH
5 comentários:
Excelente !
È uma mera obra de arte ...
mt bom mesmo.
sou teu fã, raul.
r.m.
Rauzito querido,
Considerando que és um poeta de mão cheia e homem de poucas palavras, pra mim, foi um luxo só fazer essa poesia maior contigo. Merci beaucoup pela parceria !
beijos,
Valéria
maravilhoso!
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