sendo a pátria lugar de exilio
de tantas mães só hoje nela aqui lembradas
que meus humildes versos vão em seu auxilio
neste dia de rosas perfumadas
mulher é mãe de toda a criatura
é cobardia do homem que a faz subserviente
no emprego por estar prenhe cava sepultura
em casa tantas vezes amor não sente
lá vai ela oscilante tão formosa
leva no ventre em gestação um grande amor
como pode haver alguém cujo instinto a glosa
como se não fosse do ser o criador
mãe porque me deixas tão cedo
angustiada de serem doutros os mil cuidados
e em casa porque me olhas tão assim a medo
fomos pelo meu pai abandonados?...
sendo a gravidez no corpo formosura
e na alma da mulher a mais sublime exaltação
ao ver no seu sorriso o olhar doce de ternura
esqueço que ela é a vitima da nação
hoje quero cantar à mãe a esperança
novos tempos anunciam subtil entendimento
que ser mulher e mãe para criar uma criança
a fêmea humana deve ter merecimento
hoje toda a mãe é o alvo do carinho
mas é preciso que o seja o ano todo inteiro
não só por ser fada do prazer mais danadinho
mas por ser amor baluarte derradeiro
João Raimundo Gonçalves
Nenhum comentário:
Postar um comentário