Ao amanhecer a encontrei.
Sugeri que bebêssemos das claras da aurora.
Ela, com olhos negros, me disse: — não posso.
E se foi ...
Ao meio-dia, a encontrei outra vez.
Insisti que provássemos das delícias de um sol ardente.
Ela, com olhos negros e melancólicos, me disse: — não posso.
E se foi ...
Ao nascer da lua cheia, outra vez a encontrei e a convidei
para fartarmo-nos de luar e sermos felizes.
Ela, com olhos negros, melancólicos e chorosos, me disse: — não
posso, vou ao festival das lágrimas, cantar minhas dores.
E indo-se, falou: — eu sou a tristeza ...
Osiris Duarte de Curityba
http://www.recantodasletras.uol.com.br/poesiadetristeza
http://www.recantodasletras.uol.com.br/poesiadetristeza
Nenhum comentário:
Postar um comentário